As análises são muitas em relação a prisão do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), que comandou o processo que admitiu o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Dilma sempre acusou Cunha de ter aceito o impeachment por vingança em função de que os dois deputados do PT não votaram a seu favor na Comissão de Ética da Câmara e que depois este processo lhe custou o mandato.
Acusado de uma série de crimes, que vão desde corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio no exterior, até a evasão de divisas, Cunha – que iniciou sua carreira política na campanha que elegeu Fernando Collor de Mello como presidente -, nos parece ser um protótipo de tudo o que a sociedade brasileira abomina num homem público.
Alguns analisam que a ordem do juiz Sérgio Moro em prendê-lo, seria apenas um álibi que abriria caminho para a prisão do ex-presidente Lula. Não podemos acreditar nisso, pois Cunha teve sua prisão decretada porque se preparava para fugir do país e ainda estava utilizando de sua influência para tentar obstruir as investigações ou ocultar provas, sem falar que ainda possui recursos no exterior sem identificação judicial. Isto tudo é que fundamentou a decisão de Moro, que senão ordenasse sua prisão, poderia pagar um ônus altíssimo pela sua fuga.