REPRESENTATIVIDADE

Psicóloga fala sobre a importância do trabalho para auxiliar famílias a respeito da homossexualidade

Profissional relatou haver uma grande demanda de atendimento de pessoas que estão no processo de aceitação e procuram ajuda

Dia Internacional contra a LGBTfobia costuma ser exaltado Foto: Divulgação TP

No último dia 17 de maio, a comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT), comemorou mais um Dia Internacional Contra a LGBTfobia. O motivo é muito significativo, pois nesta data em 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS), retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). Por este motivo, o dia é dedicado ao combate ao preconceito e discriminação de pessoas da comunidade LGBTQIAP+.
AUXÍLIO – Para algumas pessoas e suas famílias, a descoberta da orientação sexual pode ser algo com difícil aceitação. Por isto, a equipe do TP conversou com a psicóloga e especialista em Educação e Diversidade Cultural de Candiota, Luana Ferreira, para falar sobre a importância da ajuda psicológica neste primeiro momento.
Ao ser questionada sobre a ajuda profissional para filhos e pais neste período, Luana afirmou que há uma demanda significativa de pessoas que procuram atendimento psicoterapêutico, por estarem passando pelo processo de descoberta e aceitação de suas orientações sexuais. “É natural que os pensamentos e sentimentos fiquem confusos neste primeiro momento, pois além da auto aceitação, também existe muitos estigmas e preconceitos sobre as orientações  que não são heterogêneas”, explicou.
ACEITAÇÃO – Sobre a aceitação familiar, a profissional elencou que a principal barreira é o medo e a insegurança em relação à exposição de seus filhos. Além disso, segundo o site do Rádio Senado, o Brasil é o país onde mais se assassina homossexuais no mundo. “Este dado por si só já traz muitas inseguranças para aqueles que pertencem à comunidade LGBTQIAP+ e também aos seus familiares”, afirmou.
Luana também destacou que o auxílio profissional e um espaço seguro para conversar e expor inseguranças, faz toda diferença na hora de encarar os desafios da sociedade e fortalecer o individuo para que possa passar por um processo mais tranquilo de auto-aceitação. “É mostrar que: olha, eu estou aqui! Eu existo, e mereço um espaço de respeito, minha orientação não me desqualifica enquanto ser humano e não me torna menos capaz de conviver em sociedade”, enfatizou.
Ao finalizar, a psicóloga informou que o papel do profissional é investigar e acolher. “É preciso que estes se encontrem e façam suas escolhas de forma livre e o mais saudável possível”, afirmou. Além do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, Luana também atende de forma particular na Clínica Luciana Madruga, na sede de Candiota.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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