AVALIAÇÃO DE GOVERNO

Ronaldo avalia 2021 como um ano de reequilíbrio financeiro e projeta 2022 com austeridade em Pinheiro Machado

Ronaldo Madruga atuou inicialmente de forma interina Foto: Arquivo TP

Na última edição impressa, o Tribuna do Pampa trouxe um conteúdo especial com entrevistas com os prefeitos de Hulha Negra, Renato Machado Pedras Altas, Bebeto Perdomo e Pinheiro Machado, Ronaldo Madruga, ambos Progressistas. Na oportunidade, os gestores fizeram um balanço das ações de governo realizadas durante o primeiro ano de mandato desta gestão. Também foram ressaltadas as dificuldades enfrentadas e feitas projeções para o ano de 2022. O jornal não obteve retorno do prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador até o fechamento desta edição.

O prefeito de Pinheiro Machado, Ronaldo Madruga (Progressistas), em avaliação feita ao TP esta semana, lembrou que em 2021 ele assumiu os primeiros seis meses do governo de forma interina devido aos problemas ocorridos nas eleições municipais da cidade, quando o candidato Carlos Betiollo (PSDB), venceu, mas por incorrer na lei da Ficha Limpa, foi impedido de assumir. Depois, em junho, juntamente com o vice-prefeito Rogério Moura (PSB), venceu as eleições suplementares e então passou a governar de forma definitiva o município. “A radiografia da situação do município é que buscarmos metas para diminuir os efeitos nefastos e nocivos de falta de autonomia financeira. Conseguimos em 2021 manter pelo menos um mínimo da estrutura administrativa e neste sentido tivemos sucesso. Depois de 12 anos, conseguimos fechar com superávit, no azul, com equilíbrio fiscal. Os fornecedores do ano de 2021 foram todos pagos e ainda estamos pagamos alguns restos de anos anteriores, sendo muitos, fruto de ações judiciais, que não são da minha gestão, são do município”, analisa.

FAPS – Num capítulo à parte, Ronaldo chamou a tenção para o estudo que a Prefeitura e uma empresa de consultoria realizaram em 2021 sobre o Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (Faps) de Pinheiro Machado. A dívida encontrada foi de R$ 190 milhões. “Mesmo contrariando a minha vontade e não sendo a política do meu governo, somos obrigados a taxar os inativos. Não temos solução frente o cenário que se apurou de gestões anteriores, que não fizeram o gerenciamento adequado do Fundo e isso foi demonstrado em auditorias do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) e da Secretaria de Previdência Social do Ministério do Trabalho e Previdência. E ainda não é o suficiente para tornar ele saudável”, salientou.

Segundo o prefeito, uma alíquota suplementar de cerca de 80% seria necessário, o que inviabilizaria totalmente o município, impedindo políticas públicas em saúde e educação. “Seria o caos”, lembrando que no início do Faps, 111 funcionários se aposentaram sem nunca terem contribuído nem para o INSS e nem para o fundo próprio. “Se não tomarmos essas medidas, todos voltarão ao regime geral e o fundo se inviabilizará por completo”, avalia.

REALIZAÇÕES – Apesar de ser um ano atípico, com pandemia, mandato interino e eleições suplementares, Ronaldo contabilizou também realizações de sua gestão em 2021, além do equilíbrio das contas públicas, inclusive com o pagamento em dia do funcionalismo e volta do pagamento do vale-alimentação.

O gestor citou a garantia de recursos para a construção de moradias populares, além de ter sido contemplada no programa Pavimenta RS com R$ 800 mil, quando tida a rua Sete de Setembro receberá pavimento, além de uma pequena parte da avenida

Otacílio Vieira. Também, Ronaldo lembrou outras ações de pavimentação como o início das obras na rua Gervásio Tavares e duas quadras na Vila Umbus. Também há previsão de calçamento da rua Onéssimo Fagundes e parte da Tiradentes, bem como já se iniciou a pavimentação na rua Dário Souza. “Então, eu acredito, que dos últimos anos, vamos ser o governo que mais vai calçar ruas”, projeta.

2022 – Para este ano, Ronaldo projeta ainda muita austeridade nas finanças públicas, porém fala em realizações, como a efetivação do sonho de construir casas próprias, que neste momento se estuda qual o melhor projeto arquitetônico de moradia. Ainda ele cita o investimento já aprovado de eficiência energética de R$ 700 mil na iluminação pública com lâmpadas de Led e toda sequência do calçamento, como já citado.

O prefeito ainda destaca a possibilidade concreta de implantação de uma escola cívico-militar no município e um programa de incentivo, com recursos próprios para a ovinocultura. Ele lembrou as dificuldades financeiras como o Faps – que é um dos grandes vilões pela sua má gestão ao longo dos anos, além de uma dívida de R$ 17 milhões em precatórios, que geram parcelas mensais de R$ 147 mil. “Nós estamos fazendo uma gestão pensando nas futuras gerações, não de uma forma imediatista que logo ali traz problemas e o município é de todos e nós temos que ter essa responsabilidade. A gente está fazendo todos os esforços necessários e sem privilegiar ninguém. Precisamos ter equidade para que todos sejam alcançados nas políticas públicas, evitando assim o que aconteceu durante anos, que é não conseguir fazer os investimentos. Agradeço a Deus por nos iluminar e por conseguimos começar a fazer o equilíbrio financeiro do município”, pondera Ronaldo.

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