
O Samba de Esquina já está na sua terceira edição Foto: Gezer Tavares/Moon Produções/Especial TP
Se de acordo com o mestre Dorival Caymmi “quem não gosta de samba bom sujeito não é”, não há dúvidas que os pinheirenses são para lá de bons. Isso é o que tem mostrado o Samba de Esquina, realizado no último sábado (14) em sua terceira edição, que já mobiliza um grande público em frente à praça Angelino Goulart. São os clássicos do samba, tocados gratuitamente, para todas as raças, gêneros, classes sociais e idades.
Em conversa com um dos idealizadores do projeto, o TP procurou saber como surgiu e qual a intenção da iniciativa. Segundo Dionlenon Pires, o Samba de Esquina nasceu durante um bate-papo entre amigos e tem uma proposta bem simples: pessoas fazendo o que gostam para quem gosta. O carro-chefe disso tudo? O samba – estilo musical mais popular do Brasil. “Em conversa com o Bela, Paulo Ricardo Rezende, ele cogitou a hipótese da gente se reunir para fazer um samba, algo parecido com o que acontece nos bares boêmios do Rio de Janeiro, adaptado a nossa realidade. Desde então afloramos a ideia e o pontapé inicial foi dado no final de 2019 com a primeira edição”, contou o músico.

Vários nomes da música no município participam do projeto Foto: Gezer Tavares/Moon Produções/Especial TP
Quem acompanha não precisa de muito tempo para entender que a roda de samba é formada por gente que sorri com os olhos, com as mãos e com a própria voz. Segundo Dion, atualmente o Samba de Esquina conta com 20 pessoas engajadas em disseminar música de qualidade para os pinheirenses. “A gente não ensaia, apenas reunimos os músicos do município – de samba e de outras vertentes – para uma vez a cada mês confraternizar em forma de música. Sem fins lucrativos e sem compromissos, apenas com intuito de se reunir, trocar uma ideia, fazer música e tomar uma cervejinha”, explicou. A reunião acontece em frente ao tradicional Restaurante Quitandinha, que apoia a iniciativa.
Sobre o repertório, o músico disse que não abrem mão dos clássicos – que contagiam os participantes do grupo e o público que acompanha. “Procuramos inserir os sambas de várias épocas, sambas de uma geração um pouco mais nova e até mesmo músicas que a galera pede no ao vivo, enquanto estamos ali mesmo. É assim que tem sido o Samba de Esquina e assim pretendemos continuar, lembrando que todos são muito bem vindos, é ao ar livre e gratuito”, disse.

A iniciativa não tem fins lucrativos e é realizada ao ar livre Foto: Gezer Tavares/Moon Produções/Especial TP
Para Dionlenon, a música tem esse poder de unir as pessoas e é importante que uma comunidade saiba fazer bom uso dela – primando pela cultura, bons momentos e união. “Quando eu e o amigo Bela resolvemos dar o pontapé inicial nesse projeto era para satisfazer um gosto musical em comum e também para reunir os amigos, confraternizar em forma de música mesmo. Não tínhamos em mente que fosse se tornar o sucesso que alcançamos, que a comunidade fosse receber a ideia de forma tão positiva e tão acolhedora. Hoje o Samba de Esquina é sucesso de público e organização. Estamos aí para fomentar a cultura do município e creio que deixaremos um legado muito especial”, finaliza.