Dentro do conteúdo especial de aniversário de Candiota, onde o tema principal ligado a data de comemoração dos 33 anos da cidade está o carvão mineral e a Usina de Candiota, também conversou com o TP o presidente da Câmara de Vereadores e Vereadoras e ex-vice-prefeito da cidade, Paulinho Brum.
O vereador do PSDB disse haver a necessidade de mostrar o valor que o carvão mineral tem para o município de forma agregada a outros trabalhos e culturas locais, apesar do município ainda precisar avançar em outras questões básicas. “A gente ainda debate sobre limpeza urbana, sobre paisagismo que não tem mudado ao longo das gestões. Não se tem um trabalho voltado ao embelezamento da cidade para atrair pessoas com poder aquisitivo para morar em Candiota e que fomente o comércio local, fazendo o dinheiro girar na cidade. Não se tem um núcleo habitacional organizado que faça as pessoas quererem trabalhar e morar em Candiota e esse ponto precisa ser pensado. Mas temos a terceira renda per capita do Rio Grande do Sul, somos a Capital Nacional do Carvão. Temos um valor agregado no que se refere à mineração”, afirmou Paulinho.
O presidente disse ser necessário mostrar de que forma a mineração transforma a vida das pessoas de maneira positiva, caso contrário isso pode ser irreversível. “As tecnologias avançaram, hoje nós temos duas usinas modernas no que se refere a cuidado ambiental, somos exemplo a ser seguido, mas uma está paralisada. O que falta de verdade é uma política voltada para mostrar que, de fato, os empreendimentos a carvão mudam de forma positiva ou correspondem na vida das pessoas. Há um atraso, ao contrário de Santa Catarina, que possui, por exemplo, a SATC (uma escola e uma universidade) e que mostra para a comunidade e região a importância da mineração, tanto que quando se fala em descarbonização todo mundo pega junto. Aqui estamos atrasados neste sentido e isso pode ser muito prejudicial”.
POTENCIALIDADAES
Paulinho destacou ser necessário mostrar e potencializar outras culturas, mesmo afirmando que elas precisariam caminhar juntas com a mineração. “Um plano de trabalho precisa ser colocado e, prática. Temos potencial turístico, setor da vitivinicultura, os olivais, o agronegócio, a própria agricultura familiar que já é forte, ser ainda mais incentivada. Tudo precisa estar em harmonia com a mineração, pois elas caminham juntas em prol da cidade. Hoje a gente tem de certeza é que se a mineração deixar de existir, a cidade acaba quebrando, no sentido que acaba deixando de existir. As demais potencialidades não estão em evidência, não fazem com que o município consiga sobreviver sem a mineração. Precisamos buscar parcerias e condições para esses outros segmentos”, manifesta o presidente.
Por fim, ele diz que seu manifesto é com os pés no chão. “Seguimos trabalhando incansavelmente para termos, quem sabe, o polo carboquímico, o início de uma diversificação da mineração pra gaseificação, mas com muita responsabilidade, pensando que temos que potencializar, ajudar os demais segmentos para termos um equilíbrio. Não adianta só falar e achar culpados, precisamos arremangar as mangas e trabalhar em conjunto, pois o governo do Estado é a favor da continuidade da usina, esperamos que o governo federal faça parte deste pensamento e dessa forma, uma ação entre as esferas se torne mais fácil”, conclui Paulinho.
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