PROGRAMA ACOLHE

Secretaria da Mulher, LGBTQIAPN+ e Igualdade Racial de Candiota faz parceria com os institutos Avon e Bem Querer

Com isso, vitimas de violência no município recebem avanço no acolhimento

Secretaria também conta com a parceria da Urcamp Foto: Divulgação TP

Recentemente, a Secretaria da Mulher, LGBTQIAPN+ e Igualdade Racial de Candiota, firmou uma parceria com o Instituto Avon e também com o Instituto Bem Querer Mulher, que são especializados no combate à violência contra a mulher e na promoção de acolhimento digno para as vítimas e seus filhos. Conforme a secretária Juliana Baumhardt, essa colaboração denominada como “Programa Acolhe”, visa aprimorar o atendimento ao público feminino em situação de violência, proporcionando mais segurança e dignidade durante o processo de recomeço de suas vidas.

Em sua fala, Juliana também explicou como o atendimento funcionava anteriormente com as vítimas, contando que elas precisavam ser encaminhadas para abrigos em cidades vizinhas. “Nesses abrigos, as mulheres perdiam o contato com o mundo exterior, sem acesso a seus pertences pessoais ou até mesmo a um telefone celular, criando uma situação que muitas vezes agravava o trauma que já haviam sofrido”, destacou ela. Agora com o convênio, o atendimento será feito diretamente no município, dentro da rede hotelaria local que é custeado pelo Instituto Avon em parceria com o Bem Querer Mulher.

Ao mencionar esta parte, a secretária informou que as mulheres podem ficar acolhidas por até 10 dias, sendo que terão todas as refeições fornecidas e com a garantia de que estarão em um ambiente seguro. Ainda, Juliana ressaltou que as mesmas receberão atendimento psicológico, assistência social e suporte jurídico, que irão auxiliar a vítima para um recomeço. “O grande diferencial dessa parceria é o planejamento individualizado para cada mulher acolhida. A Secretaria da Mulher desenvolve um plano de ação junto com a vítima, visando sua reinserção social e econômica. Se necessário, o período de acolhimento pode ser estendido até que o plano esteja adequado à sua realidade”, falou Juliana, acrescentando que outro ponto crucial é o aluguel social concedido às vítimas, conforme institui a legislação federal de 2023, e segundo ela, que o município já proporciona. “Oferece uma solução imediata de moradia para a mulher e seus filhos, até que os trâmites judiciais sejam solucionados”.

Ao concluir, Juliana disse que com esse novo formato, a Secretaria fortalece sua atuação no combate à violência, garantindo que as mulheres tenham acesso a um acolhimento mais humanizado e efetivo, além de suporte contínuo para reestruturação de suas vidas. “Hoje, temos um caminho claro para essas mulheres. Elas não estão mais sozinhas, temos um norte para ampará-las e orientá-las de forma efetiva, parceria que nos dá um refrigério, para seguir adiante nessa luta tão necessária, mas sofrida”.

Em sessão no Legislativo candiotense, a vereadora Hulda Alves (MDB), falou sobre a pareceria e parabenizou a equipe e o Executivo pelo trabalho. Ainda, a vereadora que também já esteve frente à Secretaria, explicou que a assistência psicológica e jurídica é realizada por meio de um convênio com a Universidade da Região da Campanha (Urcamp), e que já contabiliza mais de 100 atendimentos individuais para mulheres vítimas de violência.  “Eu faço questão de trazer esse relato, porque essas informações são sigilosas e nem sempre a Secretaria consegue dar uma prestação de contas para a comunidade”.

Sobre os atendimentos, Juliana acrescentou que por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), também é oferecido atendimento psicológico online para mulheres que possuem uma carga de trabalho e não conseguem ir até a Urcamp na parte da tarde. “Eu prefiro que elas tenham contato com outras pessoas, principalmente pela situação delas. Mas eu autorizo quando sei que elas não conseguem ir de forma presencial”.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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