Sem Festa

Esta semana a notícia de Hulha Negra foi que a Festa do Colono, mais uma vez, não será realizada. Os argumentos apresentados na matéria são “de cair os butiás do bolso” como diriam alguns aí da região.

Primeiro porque foi criada uma comissão que apresenta ao prefeito um orçamento de R$ 300 mil e segundo que o prefeito, que parece que não tem nada com isso, simplesmente responde que o município não tem dinheiro para bancar a festa pois tem outras prioridades como investir em educação, saúde, obras, etc.

Eu diria que o prefeito tem todo direito de não gostar do orçamento que a “comissão” criada por ele apresentou, mas tem o dever de dizer “vamos cortar isso, isso e aquilo e vamos fazer assim, assado, uma festa menor, para retomar o evento, é o que é possível. Eu sou do tempo em que o prefeito mandava nas coisas do Executivo. Uma comissão é uma linha auxiliar, mas quem dá as cartas e joga de mão é o prefeito. Este comanda o espetáculo, desde que a Câmara tenha aprovado o que é necessário para realizar o evento.

A Festa do Colono é um dos grandes eventos regionais consolidado por todos os prefeitos que administraram Hulha Negra, começou pequena comigo de prefeito no primeiro mandato do município, foi ampliada por Fernando Campani, mais ampliada por mim entre 2001 e 2008, mantida por Renato Machado e Erone Londero entre 2009 e 2019 e a partir de 2020, com a pandemia, e no pós-pandemia, desde 2022 quando poderia ter sido realizada, relegada ao esquecimento pelo atual governo de Renato Machado.

A oposição deve estar feliz uma vez que um dos temas da eleição do ano que vem será a retomada da Festa do Colono que talvez até seja realizada em 2024 que, afinal, é ano eleitoral.

Muito mais que retomar a Festa, a realização de obras no local do evento estará na pauta eleitoral. Afinal, o prédio e o entorno são do município e obras definitivas, tornando o espaço um grande centro de eventos, são necessárias e oportunas. Outro assunto que estará na pauta em 2024 é “que festa queremos?”. Está mais do que na hora da festa voltar as origens. Por exemplo, lonões onde se colocam lojas que nem ficam em Hulha Negra para venderem bugigangas não cabem mais. Ajudaram a consolidar a festa, mas é preciso evoluir.

Mostrar e vender as coisas que produzimos, promovermos as manifestações culturais locais e regionais e mostrar e vender equipamentos voltados a ampliar a produção local e regional. Estes me parecem devem ser alguns dos focos das festas futuras.
Não tenho dúvidas de que a festa sairia se o prefeito fosse candidato à reeleição em 2024. Não é.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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