Semana importante para a região em Brasília

Na próxima quinta-feira (19), uma comitiva de Candiota e região, reunindo lideranças políticas, sindicais, empresariais e comunitárias, estará no Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília, para uma audiência. Na pauta está a situação do futuro da Usina de Candiota (Fase C) – que ainda pertence ao grupo Eletrobras, por meio da subsidiária CGT Eletrosul, além da questão da chamada transição energética justa (TEJ).

Ainda não se tem a confirmação que o ministro Alexandre Silveira irá participar da encontro, porém, independente disso, ela se reveste de muita importância, pois é a primeira vez que o assunto será tratado oficialmente no âmbito do novo governo. Ele havia sido discutido antes da posse, durante a transição, pelo grupo de trabalho (GT) de Minas de Energia, porém com o governo empossado ainda não.

É preciso muita cautela para tratar do assunto junto ao MME. A questão é muito sensível. Contudo, nossos representantes precisam ter firmeza para argumentar junto ao governo federal sobre a importância de prorrogarmos a vida da Usina de Candiota, que tem seus contratos de venda de energia vencendo em dezembro de 2024, portanto daqui pouco mais de um ano e meio.

Vale lembrar, que o atual governo não possui controle sobre a contenda, pois a Eletrobras foi privatizada em meados de 2022 pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O governo Lula tenta na Justiça agora, questionar uma parte da legislação de privatização, que limitou a participação do governo em 10% nas decisões do Conselho Administrativo da empresa, apesar de ter 43% das ações ordinárias. Lula ainda tem dito publicamente que vai questionar a privatização como um todo.

Também é importante frisar, que a atual direção da Eletrobras já se manifestou duas vezes publicamente sobre a Usina de Candiota (Fase C), dizendo que não tem mais interesse nela, propondo o fechamento ou sua venda para a iniciativa privada. Isso, gera ainda mais indefinição e aflição sobre o futuro da unidade, tão fundamental para a vida social e econômica de Candiota e da região.

Neste tocante, que todos esperamos a sensibilidade do atual governo federal em relação à nossa usina, pois ela está inserida numa região altamente desindustrializada, com índices sofríveis do ponto de vista econômico e social, sendo a sua não continuidade um verdadeiro desastre em termos de manutenção de empregos, proporcionando fatalmente ainda mais empobrecimento. Como dito, o governo já não tem o controle da situação em função da privatização, porém se sabe que se tivermos o seu apoio, as coisas se tornam menos penosas do que já são.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

Comentários do Facebook