Nestes tempos difíceis e confusos que vivemos, tenho acompanhado relativamente de perto a forma como algumas escolas e universidades tem se virado em tempos de pandemia.
Em um curso pré vestibular eficaz do estado, o que é possível pode conferir pelo desempenho, as aulas estão todas gravadas, disponíveis, e podem ser acessadas, via internet, pelos alunos. Estes marcam com os professores e fazem alguns debates “ao vivo”, também usando os recursos que a internet oportuniza.
Porém, em uma das mais importantes universidades particulares do estado, o atendimento ao aluno está complicado. Alguns professores estão dando boas respostas às novas necessidades, outros, nenhuma. Não há uniformidade.
A questão da educação é importante porque vivemos um momento em que a qualidade da educação de forma geral, no Rio Grande do Sul, está num patamar muito baixo, o que se acentua nas escolas públicas. Sem contato direto com os alunos, mais grave fica a situação.
Sempre pensei que educação pública, até onde for possível atender, é responsabilidade do prefeito. Quanto estive no cargo, e não foram poucos anos, educação municipal era problema meu. As soluções também passavam por mim.
Olhando o que acontece no Brasil, penso que os prefeitos deveriam de tudo fazer para manter as pessoas em casa. E isto significa, entre outras coisas, educar em casa.
Olhem para o Ceará ou para Pernambuco. Não são estados que estejam muito atrás de nós do ponto de vista econômico e social, se é que estão. Ambos têm uma população pouco menor que a nossa: 22% menos o Ceará e Pernambuco, 18%. Quinta, quando estou escrevendo, as mortes ocorridas em Pernambuco já eram 1.160 e no Ceará, 1.280. No Rio Grande do Sul, 111.
Quando observamos estes números, podemos nos considerar felizes por estarmos, com um pouco de sorte e alguma competência, com números comparativamente baixos. Porém, é preciso manter o carro sempre com as luzes de sinal de alerta piscando. Competência não é solucionar problemas, mas se antecipar a eles.
No Brasil, o problema social tem se tornado mais grave porque vem sendo tratada politicamente. O governo federal manda coisa nenhuma e nem quer mandar, preocupado exclusivamente com as questões econômicas. Podendo, fique em casa. Governando, seja cauteloso e eficaz.