POLÍTICA

Servidores rejeitam proposta do Executivo pinheirense para pagamento do vale-alimentação

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

A Câmara de Vereadores, local da assembleia, contou com a lotação máxima Foto: Divulgação TP

A assembleia do Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (SiMPiM), na última quinta-feira (31), mostrou o descontentamento da categoria com a atual gestão. Na oportunidade, 94 servidores estiveram presentes para votar a proposta do Executivo para pagamento do vale-alimentação, que foi amplamente rejeitada. O benefício não é repassado desde março de 2017 e encontra-se em processo judicial.

Em conversa com a presidente Ângela Régio Marques, ela explicou que o sindicato chegou a apresentar uma contraproposta antes da reunião, mas não obteve êxito. “A nossa solicitação era que, além dos valores em atraso, a Prefeitura também se comprometesse a retomar o pagamento do Refeisul. A resposta que tivemos em conversa com o prefeito Zé Antônio, com o chefe de Gabinete, Alex Rodrigues, e com a assessora jurídica, Nathiane Vaz, foi de que eles não tinham condições de firmar esse compromisso”, explicou.

Ainda de acordo com a presidente do sindicato, a proposta votada tratava-se do repasse de R$ 40 mil por mês dividido entre todos os servidores – um valor de R$ 82 para cada funcionário. Na oportunidade, o assessor jurídico do SiMPiM, Eduardo Mielke, explicou a tentativa de acordo do Executivo. “Essa contraproposta não garantia que teríamos a maioria da aceitação do acordo, mas acreditávamos que já indicaria uma boa porcentagem de favorecidos nessa situação. Estamos diante de um verdadeiro caos, principalmente os que recebem salários mais baixos – que sentem muito mais impacto com a falta do vale-alimentação. Além disso, são dois anos sem índice de reajuste salarial e parcelamento em até três vezes para receber o que se trabalha durante o mês”, disse Ângela.

No atual cenário, os funcionários públicos municipais acabaram de receber o salário referente ao mês de agosto. Um projeto de reajuste salarial até foi encaminhado para votação na Câmara de Vereadores, mas foi retirado para correções e até agora não foi apresentado novamente ao Legislativo.

REAÇÃO – Após o resultado da assembleia, a reportagem entrou em contato com o prefeito Zé Antônio, que disse ter recebido a notícia negativa com naturalidade. “Entendo que isso faz parte do jogo democrático, mas lamento a rejeição pelo fato por ter sido essa a forma que o município teria para colocar fim no impasse. Mais importante ainda é que se tratava de uma maneira para auxiliar principalmente os servidores que recebem os menores salários”, justificou.

Segundo o gestor, a equipe de governo já estuda outras alternativas e logo serão encaminhadas para a categoria com o intuito de resolver ou amenizar a situação.

Comentários do Facebook