ANIVERSÁRIO

Sessão Branca da Maçonaria abriu as comemorações com palestra sobre a polêmica origem do nome de Pinheiro Machado

Para o palestrante, o jornalista e escritor Nikão Duarte, é chegado o momento de conciliar a cidade e o homem Pinheiro Machado

Tradicional evento comemorou os 145 anos da cidade e os 117 da loja maçônica Foto: Divulgação TP

Aconteceu, na noite da última segunda-feira (24), na loja Maçônica Luz e Ordem II nº 16, a tradicional sessão branca (aberta ao público), comemorativa aos 145 anos de emancipação política do município e aos 117 anos de fundação da loja em Pinheiro Machado.

A sessão contou com a presença do jornalista, professor, escritor e doutor em Comunicação, Nikão Duarte, que foi o palestrante da noite, quando o tema abordado foi ‘Pinheiro Machado, o homem e a cidade’.

Jornalista recebeu uma homenagem do venerável maçom Foto: Solemar Júnior/ Especial TP

Segundo o venerável da loja maçônica pinheirense, Roberto Dutra, o tema da palestra foi de suma importância para o município, porque se trata da história de Pinheiro Machado, da história do homem, senador Pinheiro Machado e do por que a cidade tem esse nome. “Sei que muitos sabem dessa história, mas muitos não conheciam a história do cidadão Pinheiro Machado, o qual foi assassinado por Manso Paiva, que junto assassinou também o nome da nossa cidade, que era conhecida por Cacimbinhas. Felizmente hoje os moradores já absorveram essa troca do nome, o qual deve ser honrado pelo grande cidadão que foi”, enfatiza Roberto.

Sobre a importância da sessão branca, Roberto destaca que é o momento que a instituição abre as suas portas, abre o seu templo para a comunidade, para receber a comunidade.

PALESTRA – Em postagem em suas redes sociais, o professor Luiz Antônio Nikão Duarte, que é portoalegrense, mas tem suas origens na cidade, elucidou sua abordagem na palestra. Nikão é profundo conhecedor do tema, tendo escrito o famoso livro A Guerra de Cacimbinhas. “O homem Pinheiro Machado foi um idealista, voluntário da Pátria na Guerra do Paraguai, precursor da instauração da República no Brasil, vereador em São Luiz Gonzaga, constituinte, senador por 25 anos. Nasceu em 8 de maio de 1851 e foi assassinado em 8 de setembro de 1915.A cidade Pinheiro Machado leva o seu nome como um castigo, por ser onde morou por muitos anos Francisco Manço de Paiva Coimbra, o assassino do homem. O homem e a cidade são, portanto, duas vítimas do mesmo crime, que se desdobrou em infâmia municipal pela tresloucada bajulação do intendente provisório de Cacimbinhas em 1915 aos poderosos de então – alinhados ao político vitimado pelo insano. O punhal de Manço de Paiva, portanto, atingiu as costas de Pinheiro Machado, o homem, e impôs sobre Cacimbinhas, onde viviam seus familiares, um ônus que ela não deve. Se o homem e a cidade são vítimas, por que permanecem afastados, em mútuo desconhecimento, um século depois do crime?”, escreveu, dizendo que é chegado o momento de conciliar ambos.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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