Trabalhadores falam sobre os impactos na região

Tendo ligação direta ou indireta com Candiota e sua grande fonte de renda e energia – a Usina Termoelétrica -, cidades da região também sofrerão com o impacto do fechamento da Fase C. O município atualmente gera empregos a centenas de famílias das cidades vizinhas, e com certeza o seu fechamento não será algo fácil de encarar. Durante o manifesto reunindo pessoas e preenchendo a parte externa da construção, a equipe do TP conversou com alguns trabalhadores concursados e de empresas terceirizadas, para falar sobre o que irá acontecer com a região caso o pior aconteça.

FLANDER CUNHA – Funcionário da empresa prestadora de serviços Manserv, Flander Cunha pontuou que trabalha na Usina de Candiota desde 2007, e destacou que o impacto será geral. “O nosso comércio, a renda do nosso município será afetada com o fechamento da usina”, disse o candiotense.

CARLOS GIOVANE – O funcionário da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Carlos Giovane Acosta, atua a 13 anos na mina de Candiota e diz que a situação do município e da região é preocupante, não só para os funcionários, mas também para as pessoas das cidades vizinhas. “Candiota vai se tornar uma cidade fantasma, a produção vai encarecer e tudo vai virar uma bola de neve”, lamentou o trabalhador.

MOISÉS RODRIGUES – O trabalhador da CRM e atual presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Moisés Rodrigues disse que seria egoísmo citar que o fechamento terá impacto apenas para os funcionários, pois o número de pessoas afetadas é muito maior. “Hoje o nosso Sindicato defende as empresas de transporte que levam muitas pessoas, até o eletricista e o mecânico que dependem da usina para manter o seu trabalho”, pontuou Moisés.