TRÊS TOQUES – 04/ABR/2025

VIRTUDES

Há um ditado latino que diz ‘in médius virtus’, que afirma, é óbvio, que a virtude está no meio. No equilíbrio as coisas e situações se equivalem em bondade e satisfação.

Há, contrário senso, um reparo a fazer e é muito oportuno que se faça logo. O quente e o frio são extremos opostos. O que não é bem quente ou bem frio é morno. O morno sempre é indesejado. Provoca náuseas e indisposições.

No terreno da política então, o morno tem um espaço gigantesco. Não é bom nem ruim. Na bebida, o morno é intragável. Nos alimentos também, salvo o ‘papá’ das crianças.

Na política o morno também é intragável. Vira mediocridade, incapacidade para a governança e coisas muito piores ainda. O modo nos deu a penicilina, mas nos trouxe a agulha que rasga nossas carnes e invade nossas veias.

 

LULA/Bolsonaro

Nosso presidente atual, veteraníssimo na política, nos entrega um governo morno. Nem quente, nem frio. Não agrada a ninguém. Lula descobriu o muro, escalou-o e tem muito medo de cair. É nem sombra do político que já foi. Não é quente, nem frio.

É mofo puro. Não sabe para onde correr. A ‘esquerda’ já não existe mais. Um Congresso danado faz dele um bibelô bêbado. Ora à direita, ora à esquerda, oscila num campo minado.

Já Bolsonaro, é um Dom Quixote, montado num cavalo trôpego, que oscila entre os extremos. Não consegue dirigir na serração. Não vê nada pela frente e sai como um galo louco em busca não sabe de quê. Não tem rumo.

Bolsonaro tem uma paixão explícita pela ditadura. Nem tenta maquiar ou achar subterfúgios. É explícito! Namora há muito tempo um poder sem oposição, sem tempo para acabar e tem um horror espasmódico por urnas.

Bolsonaro e Lula têm em comum filhos ambiciosos por poder e grana. A ‘bufunfa’ é a plataforma comum. Com um molhadinho de escândalo.

Pior que, pais e filhos miram-se na indecência do grande guru DONALD.

 

PARTIR é preciso…

para onde? Já não temos destino, mas correr é preciso

mesmo que o dragão esteja na esquina.

 

Comentários do Facebook