CANDIOTA SENHORA
Candiota não é mais menina. Floresceu, botou corpo e é uma bela e prometedora senhora. Encantadora para uns, misteriosa para outros e cheia de oportunidades para todos.
Nossa rica cidade carrega na sua testa rugas enormes de preocupação com seu futuro. Há no horizonte nuvens carregadas de incertezas quanto à sua maior riqueza, o ouro negro, ou hulha negra.
A desmonização do carvão é o grande desafio que Candiota tem que e seus filhos têm que abraçar. É “politicamente” correto culpar o carvão como poluente, mas também é correto defendê-lo com nobreza por seus múltiplos usos. É preciso inteligência e ciência para usá-lo bem e adequadamente. A Europa que agora quer energia limpa usou-o por séculos como principal fonte de energia.
Diz para mim, cara pálida, se há no mundo algo mais perigoso e letal do que energia nuclear? Se o Putin for tão louco como penso, logo veremos o horror nuclear tomar a Europa. A Alemanha já apelou para o carvão para passar o inverno.
TÃO MOÇA!
Candiota, tão moça, dá mostras de cansaço e vai perdendo pelo caminho alguns pedaços importantes e que tanto engrandeceram nosso povo.
Um pedaço perdido é o CANTO MOLEQUE. Muito imitado e desejado por tantos, foi ficando de lado e está praticamente esquecido. Sempre foi uma marca do valor artístico de nossos jovens, engrandecendo a alma e fincando raízes de nossas origens e tradições. Não se pode perder CULTURA. Sem ela somos reles.
A iniciativa privada gosta de investir em cultura e na juventude e tenho certeza que abraçaria esta festa cultural.
ONDE ESTÃO TEUS FILHOS
Dize-me Candiota, onde estão os filhos teus? Em que mares navegam os sucessores de Leonir, de Anselmo, do grande Severino e do castelhano Washington? Onde dormem os talentos revelados?
E as crianças? Ah…as crianças…
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*