RITA LEE
Espetacular cantora brasileira acabou de falecer. A notícia é chocante porque nossos ídolos não morrem jamais. Rita foi e é um mito brasileiro no campo vasto das artes.
Cantora estupenda ela é a mãe do rock brasileiro. Com seu jeito, com sua postura rebelde e criatividade exótica conduziu a juventude para novos caminhos musicais.
Foi uma rebelde “sui genere”. Teve e criou filhos, sempre respeitou os limites do possível. A vida da Rita foi uma maratona desde a largada até a chegada. Sua rebeldia nos anos 70 com os Mutantes abriu nossa cabeça de jovens que sentíamos que novos ventos chegaram, mas não sabíamos como caminhar. Ela mostrou o caminho.
Agora ela se foi. Tocará sua guitarra brava e colorida por outros mundos. Sempre haverá jovens sedentos por novos caminhos, outros sonhos e utopias.
JOVENS
Nos anos 1970 houve uma revolução cultural necessária, imediata e mundial sem precedentes nos anos modernos. Foi o grito gutural e sufocante de que o mundo devia mudar.
Os jovens do mundo todo se rebelaram pedindo uma nova sociedade baseada nos seus princípios. Vieram os movimentos hippies e com eles as drogas e suas consequências.
Os velhos de hoje são esta geração “paz e amor”.
Evoluímos muito como sociedade, mas não conseguimos matar a ganância de muitos nem as disputas por poder e acabamos dividindo o mundo em ideologias nefastas que se nutrem do idealismo e da carne dos nossos jovens de hoje.
A espécie humana é mutante na superfície, entretanto massacrante no íntimo. Liberdade é o sonho maior da humanidade.
Os jovens provocaram um banho de cores, um porre de álcool e um mar de drogas e não conseguiram parar a exploração do homem pelo homem. Esta miséria está mais viva do que nunca, matando à esquerda e à direita como sempre.
O AMOR É UMA COISA BOA (…)
Diz o verso da canção. Muito boa, digo eu. É o que restou para nós. Agarre seu amor e o transforme em energia, em felicidade.
Podemos mudar o mundo. O difícil é mudarmos nós mesmos.
Toma um banho de Rita Lee no Youtube com o som no máximo. Ela vai lhe ouvir.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
