Tudo é canela

*Por Marco Antônio Ballejo Canto

As campanhas políticas começaram e qualquer um sabe faz tempo que nesses dias ‘do pescoço pra baixo tudo é canela’.

Fiquei sabendo que ando em evidência nas chamadas redes sociais, tudo porque vídeos meus que foram úteis em campanhas anteriores voltam a circular, soltados por aí por pessoas ‘muito honestas’.

Para mim não tem problema, se falei, falei.

Todos que lêem esta coluna sabem que não tenho nenhuma simpatia por redes sociais. Nem no grupo de Whatsapp da família eu estou.

Um dos ensinamentos do livro ‘A arte da prudência’ diz que “Idiota é quem não reconhece um idiota e mais idiota ainda é quem reconhece e não descarta”. Em qualquer grupo sempre têm os idiotas. Então é melhor ficar na minha. E quando encontro os da família eles têm assunto para me contar o que andam fazendo.

Em campanha eleitoral vale tudo. Falar verdades, falar mentiras, mas é preciso falar, chegar perto, suplicar um voto. Todo candidato é de certa forma um esmoleiro de voto. Sei como é e sei que não é fácil.

Ninguém sabe o que vai acontecer na sua vida nos próximos quatro anos, mas todos querem que o candidato acerte tudo que vai acontecer no município em quatro anos. E todos vão errar no que disserem que vão fazer. O povo vai dizer que o candidato mentiu bastante ao falar do que faria. O candidato não tem alternativa, fala o que sabe, o que não sabe e sabe até o que não sabe.

A maioria dos candidatos a prefeito são analfabetos funcionais, pessoas sem noção do que vão encontrar após eleitos, mas juram que entendem de educação, saúde, administração, finanças, agropecuária, obras, indústria, comércio, assistência social, esportes e cultura, entre outros temas. Deixei a cultura por último porque conheço muitos prefeitos que não estão nem aí para melhorarem os seus conhecimentos, a sua cultura.

Há quem seja apaixonado pela cultura das redes sociais onde a malandragem, a safadeza, a dissimulação, a hipocrisia, a mentira, entre outras coisas ruins, correm soltas.

Em Hulha Negra muito se fala que o candidato ex-prefeito deve R$ 1 milhão ou coisa assim para a Prefeitura, valores anotados pelo Tribunal de Contas para serem devolvidos ao município e se referem a pagamentos a maior para servidores, por erro do departamento de pessoal que o jurídico não viu no momento em que era pago, nem o prefeito, e a Secretaria de Administração e Finanças pagou. Essas coisas acontecem, um monte de gente erra, mas o único que tem que devolver é o prefeito. No meu tempo de prefeito era assim, não sei como estão as coisas hoje, quase duas décadas depois.

O certo é que se alguém fala algo que não tem fundamento você rebate e sai grandão na parada. Se dependesse de entreveros comigo, Renato e Titi  nunca teriam sido candidatos apoiados por mim. Ambos fizeram o possível para cassar o meu mandato nos anos 1990 e perderam a parada. O ex-prefeito, que é candidato também, me processou e perdeu. Na política a vida é dinâmica, não sei o que acontecerá amanhã.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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