Ucrânia

Os movimentos políticos no Brasil e no mundo continuam acontecendo e a escala em que ocorrem se dá na medida do barulho que fazem alguns atores nesses cenários.
A Ucrânia é um caso interessante. não se passaram 40 anos do tempo em que a Ucrânia pertencia a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Esta união de repúblicas era algo parecido com os Estados Unidos ou com o que já foi o Brasil a não muito tempo, Estados Unidos do Brasil. Após o golpe que derrubou a monarquia e instituiu a república, em 15 de novembro de 1889, o primeiro ato do novo regime, o Decreto n.º 1, datado desse dia, menciona o novo nome oficial instituído do país duas vezes: na introdução – “O Governo Provisório dos Estados Unidos do Brasil” e no artigo 2.º: “As Províncias do Brasil, reunidas pelo laço da Federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brasil”. Considera-se que a adoção de tal nome tenha relação com a adesão ao ideal republicano que levou à criação dos Estados Unidos da América, no qual as Treze Colônias independentes entre elas e ligadas ao Império Britânico, formaram uma união federativa.Em 1968, sobrevieram as Leis que definiram a substituição de “Estados Unidos do Brasil” por “República Federativa do Brasil”.

“Só falta quererem que eu acredite que Putin conseguirá se manter num caso de amor com Estados Unidos e China ao mesmo tempo”

Volto à Ucrânia, lembrando que a União Soviética teve suas raízes na Revolução Russa de 1917, que depôs a autocracia imperial. Após a revolta, os bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, derrubaram o governo provisório que tinha sido estabelecido. A República Socialista Federativa Soviética Russa foi então criada e a Guerra Civil Russa começou. O Exército Vermelho entrou em diversos territórios do antigo Império Russo e ajudou os comunistas locais a tomarem o poder. Em 1922, os bolcheviques foram vitoriosos, formando a União Soviética, com a unificação das repúblicas soviéticas da Rússia, Ucrânia, Bielorrússia e Transcaucásia. Ao se decompor em 1991, quinze países surgiram da União Soviética, com posição de destaque para a Rússia e a Ucrânia.
Com 7% da área do Brasil e uma população equivalente a 4 vezes a do Rio Grande do Sul, a Ucrânia tem matérias primas que interessam ao mundo todo. Daí que ser aliado da Ucrânia pode ser um grande negócio. Por outro lado, ninguém se emociona com os conflitos em Gaza, onde não há grandes coisas para serem saqueadas.
Trump, presidente dos Estados Unidos, continua com suas ideias de dono de cassinos, apostando. Porém, o dono do cassino sabe que é melhor apostar quando os ventos da sorte estão a favor. Caso contrário, é melhor se recolher. Fazendo ligação direta com a Rússia, Trump pode prejudicar toda a Europa.
Enquanto isso, como um privilegiado observador, Putin, o presidente da Rússia observa a lambança entre os seus principais antagonistas. Só falta quererem que eu acredite que Putin conseguirá se manter num caso de amor com Estados Unidos e China ao mesmo tempo.
Nesta lambança global, com taxação daqui e dali, não vejo como o Brasil possa ser muito impactado comercialmente. O agronegócio brasileiro pode vir a ganhar muito com uma guerra comercial entre as maiores potências econômicas do mundo.

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