*Por Marco Antônio Ballejo Canto
Em pouco mais de uma semana saberemos quem ganhou e quem perdeu nas eleições municipais.
A cada ano que passa tenho andado mais distante das coisas do dia-a-dia dos municípios. Procuro ser coerente com minhas decisões, se não quero ser prefeito, quem quer que faça o que pode. A maioria não pode muito e tem pouco a oferecer, sejam prefeitos, sejam vereadores. A falta de cultura, a pouca vontade de estudar, a quantidade de anos de colégio dos eleitos, seguidamente muito poucos, são determinantes para o que se pode esperar de alguém que vai assumir um cargo no executivo ou no legislativo.
Porém, quem está concorrendo normalmente são os melhores entre os do povo. Há os que se acham, mas normalmente são ruins de voto, e não querem concorrer. Cabe ao povo escolher entre os melhores os mais destacados.
Um dos problemas graves que levam as administrações ao que são é que nenhuma pessoa bem sucedida vai querer ser prefeito pelo salário. Muita incomodação e pouco salário. Daí que a seleção vai se dando pelo que temos e não exatamente pelo que poderíamos ter.
O grande problema do Brasil não é a corrupção. É a incompetência. O que prefeitos e secretários botam de dinheiro fora por incompetência é uma grandeza. Nesta eleição, se você tiver dúvida, procure colocar o melhor e achando que não há coloque o menos incompetente. Normalmente é o que pensam a maioria das pessoas ao votar.
Uma outra situação interessante é estar ao lado de quem vai ganhar. Estar na oposição é uma desgraça. É preciso lembrar também quem está no governo em nível federal principalmente. o governo federal é quem tem dinheiro para transferir aos municípios. Estar na oposição a quem está no governo federal não é uma boa ideia.
Na região do jornal, na última eleição Lula ganhou de lavada. Nesta provavelmente o PT ganha na maioria dos municípios. É normal, o mundo não muda muito em dois anos.
No Brasil o cenário esquentou em São Paulo, é soco, cadeirada, minha tia Adélia Ballejo Sacco diria “que rico bochinche”.
Em Porto Alegre as águas baixaram e parece que o prefeito não se saiu mal da parada. Não dá para dizer que o mesmo não se esforçou em meio à calamidade. No mais, todos sabemos que se viesse aquele aguaceiro todo na cabeça de qualquer um de seus antecessores as coisas não seriam muito diferentes.
Em Bagé, que não gosta de ficar atrás em termos de entrevero, até uns tiros andaram dando em comício. Ninguém se feriu, ninguém viu quem foi e tudo está certo. O cara saiu ileso, lépido e faceiro. Não sei de quem foi a armação, mas que foi, foi.
Melhor é ficar observando os movimentos. Me dizem que alguns que não tem votos e que se abrirem a boca ninguém dá bola para o que falam tem me colocado a falar do candidato que foi meu adversário algumas vezes. Perda de tempo. Em Hulha Negra todo mundo sabe quem vai ganhar. Por outro lado, o grande perdedor será o prefeito que esteve no governo administrando a maior receita do município em todos os tempos.
Embora as pessoas não levem muita fé, procurem eleger boas e qualificadas pessoas para serem vereadores.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*