QUESTÃO ENERGÉTICA

UTE Ouro Negro está habilitada para o leilão A-6, que acontece em dezembro

Expectativa é boa em relação ao leilão, porém é preciso aguardar o lançamento do edital no mês de novembro Foto: Arquivo TP

O Ministério de Minas e Energia publicou na semana passada, a portaria 353/2017, definindo a realização do Leilão de Energia Nova A-4 para dia 18 de dezembro e o Leilão de Energia Nova A-6 para o dia 20 de dezembro deste ano.

De acordo com a publicação, agora os empreendedores que quiserem participar do A-4 deverão entregar os documentos necessários até o dia 27 de setembro e para os projetos termelétricos, a comprovação da disponibilidade do combustível deve ser entregue até o dia 22 de setembro.

O diretor-presidente da Ouro Negro S.A, Silvio Marques Dias Neto – empresa proprietária do projeto da Usina Termelétrica (UTE) Ouro Negro, confirmou ao TP, que o empreendimento já entregou estas documentações e portanto está inscrito para o leilão A-6 e neste sentido habilitado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – responsável pelo leilão -, a participar do certame. Segundo ele, a UTE Ouro Negro cumpre todas as exigências e está apta a concorrer.

Caso venda energia no leilão, a nova usina precisa entrar em operação até 2023, ou seja, seis anos após a concorrência e por isso a nomenclatura A-6.

AGUARDAR EDITAL– Em conversa com o jornal, Silvio explicou que agora a expectativa é em relação a declaração das distribuidoras junto a EPE sobre  as suas necessidades de energia para os próximos anos. Isso deve acontecer em novembro, juntamente com o lançamento do edital e confirmação da data. “Esses montantes declarados pelas distribuidoras de energia serão os balizadores do leilão”, assinala o executivo.

Conforme ele, a disputa da Ouro Negro será com as térmicas a gás e biomassa  e com a matriz eólica.”O certo é que existem muitos projetos a gás e eólicos. Vamos aguardar o edital do leilão para definir a nossa estratégia de venda de energia”, pondera Silvio.

EXPECTATIVA – Silvio ainda mostrou otimismo em relação ao leilão. “Em face da UTE Ouro Negro estar na ponta do Sistema Interligado Nacional (SIN), de ofertar energia de base – não intermitente, com carvão nacional de baixo custo econômico, além da necessidade do sistema ter energia de base – que independe do clima, como eólica e solar -, estamos com muito boa expectativa de êxito”, disse.

A USINA – Orçada em mais de R$ 4 bilhões, a UTE Ouro Negro contará com dois geradores de 300 megawatts cada e está projetada para ser construída em Pedras Altas, na divisa com Candiota, numa área de terras próxima ao arroio Candiota e da mina de carvão da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), que irá fornecer o combustível.

Elaborado há três anos, o projeto será financiado 80% com recursos das instituições financeiras da China e o restante do valor será pago com capital próprio das empresas sócias (ONE S/A, SEPCO1 e Power China). A SEPCO1 é também EPCista do projeto, ou seja, a empresa que será responsável pela obra.

Durante a construção do empreendimento deverão ser gerados cerca de quatro mil empregos diretos e 500 quando o mesmo estiver em operação.

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