Após a realização da audiência pública para debater os cortes orçamentários nas universidades e institutos federais, ocorrida no dia 16 de julho, na Câmara de Vereadores de Bagé, os membros da Comissão de Educação da Casa Legislativa reuniram as principais reivindicações e as formalizaram em uma carta. O documento será protocolado nos próximos dias na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e enviado para os gabinetes dos 33 deputados federais do Estado, dos três senadores do Rio Grande do Sul e do presidente da República. A expectativa é de que haja reconsideração por parte do Governo Federal diante dos problemas expostos.
O proponente da audiência e mobilizador da defesa das instituições de ensino federais, vereador Lelinho Lopes (PT), integrante da Comissão de Educação, revela que através da discussão feita no evento e dos números expostos tanto pela Unipampa, quanto pelo IFsul, pode-se perceber que os orçamentos destinados a ambos não sofria reajuste há bastante tempo. “Os valores alocados não acompanharam a correção da moeda, logo, as despesas passaram à gradativamente serem superiores, o que já havia sido motivo anteriormente de readequações para equacionar este problema”, pontuou.
Além disso, com o advento do decreto que determinou um contingenciamento de R$ 5,8 bilhões na área da Educação, a situação se agravou ainda mais. A carta de reivindicação diz que este último fator prejudicou imensamente o funcionamento das instituições, que já se esforçavam para dar regular continuação dos trabalhos, mesmo com a existência do descompasso entre a atualização do orçamento para com os custeios. “A medida adotada pelo Governo Federal poderá provocar o fechamento de vários campi ou o término de algumas atividades e serviços”, alerta.
Enfatizando que a Unipampa possui 10 campi e o IFSul está presente em 14 cidades gaúchas, o documento destaca a magnitude das instituições e, tão logo, a importância na formação educacional de milhares de brasileiros. O texto ainda diz que as consequências são bem mais amplas, uma vez que o impacto do encerramento de qualquer atividade ou serviço acarretará também em prejuízo, bem como retrocesso no desenvolvimento da economia dos municípios sedes. Além de Lelinho, são membros da comissão os vereadores: Elidiane Lobato (presidente), Beatriz Souza (secretária), Edimar Fagundes, Jeferson Dutra e Lia Rejane Presa.