OFF ROAD

Vereadores Gildo e Guilherme abordam operação policial na CRM

Gildo Feijó usou a tribuna da Câmara, dizendo que a verdade virá à tona Foto: J. André TP

A deflagração na semana passada pela Polícia Civil da Operação Off Road, que investiga um suposto direcionamento de uma licitação feita pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM) em 2022 para aquisição de três caminhões fora de estrada, tem sido um dos principais assuntos em Candiota nos últimos dias. A situação fez com que o até então diretor-presidente Melvis Barrios Júnior pedisse sua demissão do cargo.

 

INJUSTIÇA

 

A situação foi abordada na Câmara local na sessão ordinária desta semana. O vereador Gildo Feijó (MDB), que é também o superintendente Administrativo da CRM/Mina de Candiota, assinalou durante a sessão, que não teria como fugir do assunto que foi estampado em toda a imprensa gaúcha nos últimos dias. Gildo saiu em defesa da empresa, dizendo que tem muito orgulho em trabalhar nela. Também, o parlamentar defendeu a diretoria, que segundo ele, é altamente comprometida com os seus trabalhadores. “Lamentavelmente, todos acompanharam uma investigação de suspeita de direcionamento de licitação. Ora, senhoras e senhores, uma diretoria experiente, com uma pessoa íntegra como presidente, tendo o processo passado pela procuradoria jurídica, tudo aprovado, fariam um direcionamento para comprar mais barato que o mercado? Pasmem os senhores, mas muito pior que isso, o tamanho da injustiça quando dizem e envolvem funcionários de Candiota na licitação. Aqui, todos os partidos já trabalharam na CRM, perguntem aos trabalhadores se as licitações são feitas em Candiota. Então é uma injustiça do tamanho de um elefante, acusar funcionários de Candiota de estarem envolvidos em suposto direcionamento de licitação. Logo ali a verdade virá e tem que vir”, projeta.

Em outro trecho de sua fala, Gildo se refere às instituições, injustiças e sobre imagem. “Nós não somos contra as instituições, elas tem que funcionar bem, cada um na sua. Nós aqui na Câmara temos que legislar, a polícia tem que investigar, mas nós não podemos fazer injustiça. E para a tristeza de meia dúzia de urubus, recalcados, que estavam aqui vibrando e que vivem torcendo dia e noite pela desgraça dos outros, Candiota não tem nada haver com o processo licitatório. Tudo é feito em Porto Alegre. Não pode manchar a imagem de uma empresa valorosa como a CRM, que deu muitos frutos e ainda vai continuar dando”, assinalou, complementando que estava tranquilo e de coração leve, agradecendo as manifestações de carinho que recebeu.

 

DEFESA DO CIDADÃO

 

O vereador Guilherme Barão (PDT), ao lembrar o processo que foi vítima há alguns anos e acabou absolvido por unanimidade no Tribunal de Justiça do RS (TJ-RS), destacou que o seu partido repudiava esse tipo de atitude, com denúncias ou acusações incabíveis. “Eu conheço a CRM, porque fui funcionário por nove anos, e todos que passaram por ali sabem que o processo licitatório sempre foi lá na administração e na gerência em Porto Alegre. Eu quero aqui, vereador Gildo Feijó, dizer da má política de agressão ao ser humano, principalmente a tua pessoa, porque eles fizeram isso para também manchar a tua imagem política, e eu venho aqui dizer mais uma vez que esse tipo de política não serve. Usar da prerrogativa de tentar expor um ser humano, sendo que jamais passou por uma assinatura ou uma posição pessoal. Isso é uma política suja, de pessoas que querem ocupar os espaços e usam desta prerrogativa para tentar atingir o seu alvo. O alvo foi derrubar o presidente Melvis, conseguiram, mas usaram para atingir o nosso colega vereador. Eu não tenho problema nenhum em externar isso aqui, não se trata de defender a pessoa do Gildo. Estou a defender o cidadão, pai de família. Eu lembro que eu era vereador cassado, muitos batiam palmas e felizes, e eu estou aqui, pois a justiça tarda, mas vem à tona. Em nome do meu partido, o PDT, repudio todo esse tipo de ação política voltada para atingir as pessoas de boa índole”, assinalou.

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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