Alfeu Duarte (Parte 3)

*Cássio Gomes

Incontáveis foram as homenagens e reconhecimentos que ele teve por todos os seus feitos, realizados por prendas, peões, patronagens sucessoras e outras entidades,dentre as quais podemos destacar:

* Homenagem como Patrão do CTG e Patrão da Campeira do CTG Luiz Chirivino – realizada pelos seus companheiros com uma pedra fixada próximaà pista de rodeios em 12/1993.

* Destaque tradicionalista – realizado pelo Clube Recreativo Candiota – no baile dos destaques do município em 10/1994.

* Diploma de consagração pública como Patrão de CTG Destaque – realizado pelo Instituto de Pesquisas Futtura – em 08/2002.

* Prêmio “Quem faz pela cultura” – realizado pelo CCTG Lanceiros da Liberdade em 09/2006.

* Diploma de Honra ao Mérito pelos 50 anos do CTG Luiz Chirivino – Semana Farroupilha em 09/2016.

Em uma declaração feita a sua terapeuta ocupacional quando a doença já tinha avisado que o tempo estava acabando, ele contou: “na época em que descobri que estava com câncer, decidi tirar a vida, pois sabia que seriam tempos de muito sofrimento não só pra mim, como também para minha família e eu não queria isso.Só não realizei porque houve um despertar, vindo do meu neto mais novo,então eu vi que era preciso vencer, viver, que ninguém tem direito a tirar a vida, porque algo maior do que nós é que sabe a hora certa” e foi isso que ele fez. A partir daí sua fé, sua força de sempre, seu destemor e amor veio à tona; e fizeram com que os momentos difíceis fossem superados.Viveu ainda mais intensamente com a família, aproveitou os netos e amigos para fazer farras e bagunças.Cuidar dos jardins da vizinhança como os de sua própria casa e sua horta, sempre com muito zelo e capricho; foi atividade que encontrou para distração e sair para pescar com o neto ou amigos, era o que fazia com tamanha felicidade e realização, que “parecia um guri” (como se descrevia em certos momentos).

Mas, foi em 27 de agosto de 2017, durante a madrugada, que aos 74 anos de idade e após oito anos de luta contra a doença, em sua residência, junto a sua família, com humildade, mas com sua altivez de sempre,que a sua caminhada aqui na terra chegou ao fim. O dia amanheceu cinzento, sem cor, sem graça, por certo demonstrando como se sentiam os corações de todos aqueles que tiveram a honra de conviver e conhecer este ser humano que, onde quer que estivesse, sua presença fazia a diferença. Por certo, o dia representava o sentimento que se dividia entre o alívio em ter acabado o sofrimento daquele que tanto fez pelo seu semelhante, que tanto amou, com a certeza da tamanha falta que faria na vida de cada um. Ficam seus ensinamentos, momentos que ficarão na história do município de Candiota, do CTG Luiz Chirivino e, sem dúvida, as melhores lembranças na memória de todos que fizeram parte de suas proezas.

Seu corpo foi velado nas capelas do cemitério Santa Rita, estava pilchado a rigor, com seu lenço Maragato e no dia 28 de agosto, após a última homenagem ao som do hino rio-grandense, cremado no Crematório São José, em Santa Rosa. No dia 07 de setembro, os familiares liberaram suas cinzas no Rio Vacacaí, conforme sua vontade.

Alfeu deixou sua esposa Aldema; os filhos Fábio, Flaviani e Fernanda; os netos Filipe, Luísa, Isadora e Rafael; a nora Andréa; os genros Geovane e Marcus.

*Historiador

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