Houve manifestação de populares favoráveis à abertura do processo durante a sessão Foto: Divulgação TP
O clima foi bastante tenso na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Bagé desta segunda-feira (30), esta que foi a primeira reunião após o afastamento de Divaldo Lara, já que por falta de quorum, o encontro de quinta-feira não ocorreu. O prefeito bageense foi afastado na última terça-feira (24), pela Justiça à pedido do Ministério Público Estadual.
Na sessão entrou em votação o pedido de abertura de processo de impeachment de Divaldo, cujos autores da solicitação foram os vereadores Lelinho Lopes (PT), Luis Alberto Chico (PSB) e Beatriz Souza (Rede), que por conta de serem os proponentes não puderam votar. Por unanimidade, o requerimento foi negado pelos 14 demais parlamentares, que integram a base do governo.
Conforme explica o vereador Chico, a abertura de processo iria possibilitar que o acusado ou seu defensor, apresentasse aos vereadores e população as razões da defesa. “O que não ocorreu, e lamentamos muito porque demonstra a falta de transparência e o não interesse dos vereadores da base do governo em apurar a verdade”, comentou.
O parlamentar diz que isso faz parte de um comportamento temerário de um resultado negativo contra o gestor, o que traria também aos vereadores resultados com o mesmo impacto, já que fazem parte do mesmo governo. “Ficamos insatisfeitos com a votação, mas satisfeitos com a nossa posição de cumprir com a nossa obrigação, estando com o sentimento de dever cumprido”, afirmou.
Vereador Chico foi um dos autores do pedido e lamentou a votação Foto: Divulgação TP
