TROCA DE LOCAL

Camelódromo deverá ser retirado do local tradicional em Piratini

Prefeitura tem 45 dias para apresentar novo local para o camelódromo

Prefeitura tem 45 dias para apresentar novo local para o camelódromo Foto: Maurício Goulart/Especial TP

Como já havia sido informado pela reportagem do Tribuna do Pampa, no dia 19 de dezembro de 2017, em entrevista com o Ministério Público de Piratini, os camelôs, trailers e ponto de táxi deverão ser retirados das áreas atuais e transferidos para um local apropriado já que o atual é localizado em pontos históricos da cidade.

De acordo com a então promotora de Justiça substituta Rosely de Azevedo Lopes, essa era uma das irregularidades que acontecem no município ao um bom tempo. “Existem leis e elas precisam ser cumpridas”, ressaltou.

Desta forma, a Prefeitura Municipal tem 45 dias para apresentar um plano de adequação. O camelódromo que há mais de 20 anos está situado ao lado da escola Ponche Verde, no centro da Primeira Capital Farroupilha, localizado na rua João de Deus Valente, é tema discutido pelo Ministério Público e Prefeitura Municipal há um bom tempo.

Para o juiz da Comarca local, Mauro Peil Martins, é necessário que sejam cumpridos dois requisitos, como probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao patrimônio público. Segundo o magistrado, está em jogo a fonte de renda de diversas famílias que dependem dos pontos de táxi, bem como do comércio informal para suprir seu sustento.

Afonso Coelho, proprietário da banca do Coelho, que aluga o local há quase 15 anos, ressaltou insatisfação com relação a retirada das bancas do local atual, pois segundo ele, não é fácil trabalhar desta forma, visto a pouca procura dos clientes ultimamente. Além disso, Coelho como é popularmente conhecido, salientou que o município não está preparado para o turismo. Um dos prédios, caracterizado como histórico, o Museu Barbosa Lessa, está à mercê do lixo, sendo utilizado, muitas vezes, para uso de drogas além de outras coisas”, afirma. Ele também sugeriu que o Executivo ofertasse um local para que os integrantes do camelódromo possam trabalhar. “Poderiam nos dar o local para que continuemos trabalhando, certamente não estaria correndo o risco de depredação, descaso, pois até o muro está querendo cair por não receber reparos”, ressalta.

Trailers também deverão ser retirados das vias públicas, algo que é bastante comum na cidade. Com isso, só apenas poderão utilizar ambientes semelhantes os trailers móveis, não podendo passar o dia inteiro no local, somente durante um período específico e posteriormente, deverá ser levado para a residência do comerciante.

A reportagem do Tribuna do Pampa, enquanto captava fotos próximo ao camelódromo, conversou com dois cidadãos. Na oportunidade, o odontólogo conhecido como Neto, enfatizou a desigualdade com relação ao aluguel de comércios próximos as bancas de camelô. “O meu filho aluga um prédio que custa R$ 2.500,00 enquanto que os comerciantes de bancas ganharam o espaço da Prefeitura”, pondera.

Neto também ressaltou que muitos comerciantes do camelódromo estão bem economicamente, visto muitos deles já trabalharem desta forma há um bom tempo. “É evidente o notável trabalho realizado por estas pessoas, mas é preciso que haja conscientização por parte do poder público”, explanou.

 

Ponto de táxi enfrenta o mesmo problema

Ponto de táxi enfrenta o mesmo problema Foto: Maurício Goulart/Especial TP

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