A Capital Nacional do Carvão perdeu nesta quarta-feira (16), uma de suas moradoras mais antigas, Flora Malaguez, chamada carinhosamente pela comunidade simplesmente de dona Florinha.
Moradora desde a década de 1960 na Vila Residencial, dona Florinha e o marido Francisco Malaguez, o seu Chiquinho Sovela (já falecido), tiveram uma vida difícil logo no começo. O casal se virava como podia para sustentar a família, até ela conseguir uma vaga de faxineira na escola Jerônimo Mércio da Silveira e ele de pedreiro na Usina de Candiota, que na época pertencia à CEEE. Mais tarde, dona Florinha virou merendeira da escola, marcando a memória afetiva e o paladar de várias gerações de estudantes, que até hoje lembram das delícias que preparava a cada recreio. Também, dona Florinha era tradicionalista, sócia e frequentadora assídua do CTG Candeeiro do Pago.
Amante da leitura, a candiotense de coração foi uma das primeiras assinantes do saudoso jornal A 1a FOLHA e também agora era assinante de carteirinha do Tribuna do Pampa.
Mãe de quatro filhos – Alice, Delvair (Capitão), Vilmar (Kisuco) e Sônia (já falecida), ela ainda ajudou a criar e educar outros tantos.
Em 2018 foi homenageada pelo Rotary Club de Candiota durante um jantar da entidade, justamente pelos relevantes serviços prestados à comunidade candiotense.
Ela faleceu em Bagé aos 79 anos (no próximo dia 21 de outubro faria 80) e foi sepultada na noite desta quarta no Cemitério da Santa Casa. Além dos filhos, ela deixa sete netos e cinco bisnetos.