POLÊMICA

Compra de portas já havia sido alvo de sindicância em 2014 pela Prefeitura de Pinheiro Machado

Em nota, a Secretaria de Administração comunicou a instauração de um novo processo investigativo

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A reportagem do TP teve acesso ao material, que se encontra em boas condições Foto: Gislene Farion TP

Diante da intensa repercussão do caso da aquisição de um expressivo número de por­tas internas pela Prefeitu­ra de Pinheiro Machado ainda no ano de 2013, a Secretaria de Administra­ção divulgou nota oficial sobre a instauração de uma sindicância para apurar o caso. Conforme o docu­mento, publicado na noite da última sexta-feira (13) e veiculado nesta edição do TP, a compra de 152 portas foi realizada pela Secretaria de Obras, atra­vés do Conselho Municipal de Habitação.

Na manhã desta se­gunda-feira (16), em conta­to com Giovane Sampaio, titular da pasta de Admi­nistração, a reportagem foi informada de que, naquela época, o processo investi­gativo já havia ocorrido. “Ainda em 2014 o caso da compra das portas já havia sido objeto de sindicân­cia. Devido ao horário em que foi publicada a nota, nós só pudemos confir­mar essa informação nesta segunda-feira e, por isso, possivelmente a portaria nº 9815, de 13 de setembro de 2019, será restituída pela Comissão com o resultado do procedimento realizado anteriormente”, informou.

Ainda segundo Gio­vane, embora a licitação seja de 2013, a sindicância transcorreu somente em 2014, tendo se encerra­do em 2015. “De posse da sindicância anterior, o Executivo terá condições de prestar à população os devidos esclarecimentos, bem como de encaminhar o material para que o Con­selho de Habitação destine a sua utilização dentro do que estabelece a legislação vigente”, acrescentou.

ENTENDA O CASO – A informação inicial surgiu ainda na terça-feira (10), durante a sessão ordinária da Câmara de Vereado­res, quando Jaime Lucas (MDB) tornou público o fato. De acordo com o dis­curso do parlamentar, um erro de digitação fez com que ao invés da compra de 18 portas, 180 unidades do material fossem adquiridas pela Prefeitura. Na época, Felipe da Feira (PTB) era o gestor do município.

O material, segundo ele, foi encontrado em um almoxarifado durante um trabalho de organização e limpeza. “Essa é apenas uma pequena amostra dos descasos que vem ocor­rendo durante essas duas décadas e é por isso que chegamos nessa sangria financeira”, lamentou.

Em seguida do fato, o chefe de gabinete do Executivo, Marcelo Mesko, contou que a com­pra de, na verdade, 152 portas internas foi reali­zada através do pregão nº 048/2013. No edital, ao qual o jornal teve acesso, contém ainda uma extensa lista de produtos. Além de reformas de moradias dos beneficiários do Conselho Municipal de Habitação, o destino do material tam­bém contemplava a cons­trução de catacumbas nos cemitérios da sede e de Torrinhas.

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