Editorial – Titulação

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A luta pela reforma agrária começou há 30 anos em nossa região. É possível questionar o modelo que aqui foi imposto, se colocando famílias com outras culturas e distantes da realidade fronteiriça, em lotes pequenos (cerca de 20 hectares) e com uma infraestrutura extremamente precária.
Contrariando a lógica, a maioria das famílias assentadas resistiu, mas outras tantas não aguentaram tantas dificuldades e voltaram para sua terra natal. Com muita luta e passando muito trabalho, bem como discriminação, hoje esse povo está adaptado, faz parte do cotidiano de nossa região, adquiriu respeito da sociedade e está integrado.
Além disso, os assentamentos são importantes economicamente. Em Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado, por exemplo, o comércio local sabe muito bem esta importância.
Neste sentido, que o esforço para que as famílias tenham a escritura de suas terras é fundamental. Aliás, a reforma agrária é uma medida dentro dos marcos capitalista e nada mais justo do que dar à elas o direito de propriedade, pois diferente do que muitos pensam, quem é assentado da reforma agrária possui apenas um direito de posse.

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