EMPREENDIMENTO

Obras chegam a mais de 90% e UTE Pampa Sul deve ficar pronta no meio do ano

Usina deve estar gerando energia ainda neste primeiro semestre de 2019 Foto: Fábio Campos/Especial TP

Com informações fornecidas pelo gerente socioambiental da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), Hugo Roger Stamm, o jornal Tribuna do Pampa traz um panorama geral sobre as obras da nova usina que está sendo construída em Candiota desde 2014.

Segundo as informações repassadas pela assessoria de comunicação, a implantação da UTE Pampa Sul está em fase final com ações de montagem eletromecânica e obras civis, que já registram avanço de mais de 90%, sendo que o comissionamento de equipamentos e sistemas, ocorre paralelamente. “Com o adiantamento das atividades, a expectativa é que no primeiro semestre de 2019 seja solicitada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a Licença de Operação (LO) da Usina. O pedido é feito por meio de um relatório que reúne todas as informações sobre os programas e condicionantes ambientais desenvolvidos pela área de meio ambiente da Pampa Sul e um relatório técnico com as informações e dados operacionais, obtidas durante o período de comissionamento da unidade”, explica Hugo.

Ainda segundo ele, a obtenção da LO junto ao IBAMA permitirá que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) emita autorização para a entrada em operação comercial da usina.

EMPREGOS – A obra viveu seu pico máximo de movimentação entre os anos de 2017 e 2018, quando chegou a contar com quatro mil trabalhadores no canteiro. Atualmente, aproximadamente 1,7mil pessoas trabalham diretamente na obra.

JÁ PRONTO – Dentre as principais estruturas necessárias para a operação da nova usina com potência de 340 megawatts por hora (MW/h), a barragem está completamente concluída e o reservatório de água cheio. Também já estão concluídos e testados os equipamentos da tomada d’água junto a barragem. Estes sistemas fornecerão a água necessária para operação da usina.

A linha de transmissão, com extensão de 20,4km e que será responsável por levar a energia gerada pela unidade até a Subestação Candiota I, para ser distribuída ao sistema, está também concluída e, em agosto de 2018, recebeu a Licença de Operação (LO). O mesmo ocorre com a correia transportadora de carvão, estrutura com 4km de extensão e que transportará o carvão mineral – combustível usina -, da mina até o pátio da Pampa Sul. A LO da correia foi obtida em outubro de 2018. As licenças foram concedidas pelo IBAMA e são válidas por 10 anos.

No canteiro de obras foi concluída a soldagem, isolamento e içamento do duto da chaminé, fazendo com que a estrutura atinja sua altura máxima de 195 metros. A estrutura também já recebeu pintura externa. Outro importante marco foi o início da operação da sala de comando da usina, que já conta com operadores trabalhando 24h por dia. Entre as atividades de comissionamento, pode-se destacar a conclusão dos testes na caldeira auxiliar, equipamento que será responsável por dar a partida na caldeira principal. O equipamento foi testado e limpo e já está pronto para operação.
Outras atividades de comissionamento são realizadas diariamente nas diversas estruturas e sistemas que compõem usina e que serão necessárias para a geração de energia.

CONCLUSÃO – A expectativa é que a UTE Pampa Sul esteja pronta, testada e gerando energia no fim do primeiro semestre de 2019. A data da inauguração ainda não está definida.

VENDA – O processo de venda da unidade foi iniciado em 2016, quando a empresa começou o processo de descarbonização da sua matriz de geração de energia elétrica. Na oportunidade, o banco inglês Morgan Stanley foi contratado para prestar assessoria financeira no processo de venda dos dois ativos de carvão da Engie no Brasil: o Complexo Jorge Lacerda, em operação em Santa Catarina, e a UTE Pampa Sul, em construção em Candiota. “Como os ativos possuem diferentes características, o processo de venda foi separado em duas transações distintas, sendo que a venda de Jorge Lacerda teve continuidade e, no caso da Pampa Sul, optou-se por adiar a transação até o início da operação comercial da usina. A expectativa da empresa é que, desta forma, os riscos serão reduzidos”, assinalou Hugo Stamm.

Comentários do Facebook