Pronto Atendimento atualmente é administrado pela AAS, mesma entidade mantenedora do Hospital da cidade Foto: Arquivo TP
A volta do recesso na Câmara de Vereadores de Pinheiro Machado estava calma, com posicionamentos cautelosos e apenas a expectativa da vinda do prefeito Zé Antônio (PDT) a pedido do vereador Gilson Rodrigues (PT) para dar explicações em relação a crise financeira e as medidas que estão sendo tomadas.
Contudo, a monotonia foi quebrada com o discurso feito pelo vereador Ronaldo Madruga (Progressistas) – no último pronunciamento da sessão ordinária desta semana, realizada na terça-feira (3). Antes, o vereador Cabo Adão (PSDB), em seu espaço, já tinha novamente se referido a um estudo para que o município volte a administrar o Pronto Atendimento 24h (antigo Pronto Socorro), que no último governo foi repassado para a gestão da Associação de Assistência Social (AAS) – a mesma entidade que é mantenedora do Hospital da cidade. Aliás, o Pronto Atendimento (PA) fica anexo ao hospital e o vereador Ronaldo é o atual vice-presidente da AAS.
Neste sentido e exatamente neste assunto, que já há algum tempo, os dois vereadores divergem frontalmente e o tom do debate vem aumentando, tendo chego a um volume bem interessante na noite de terça.
Com um discurso forte e longo, Ronaldo, de forma indireta (quase direta), disse que tem gente empregando a ‘parentada’ na Prefeitura e por isso agora (por conta dos empregos) muda o discurso em relação ao governo. Se referiu que não vai mais tolerar insinuações em relação a administração do hospital e do PA, pedindo que se chame o Ministério Público e o Judiciário para um debate, além de se instaurar uma auditoria para investigação. Ainda, Ronaldo lembrou que o decreto de intervenção do hospital feito em 2013 foi o que salvou, segundo ele, a instituição e a saúde de Pinheiro Machado. “Quero que o vereador coloque em suas redes sociais que é contra o hospital”, provocou.
Pedindo aparte, porém negado por Ronaldo, Cabo Adão teve espaço concedido pelo presidente da Câmara Jaime Lucas (MDB) para que pudesse rebater. Na oportunidade repetiu que não tinha nada contra o hospital – inclusive dizendo já ter usado o serviço e ter sido muito bem atendimento. O que ele questiona é a gestão do PA, levantando o fato de quando o serviço foi repassado ao município, o atual vereador Ronaldo era presidente da AAS, secretário de Saúde e prefeito em exercício.
