POLÍTICA

Presidente da Comissão Processante comenta defesa do prefeito Zé Antônio

Os comentários foram feitos na última sessão ordinária pelo presidente da CP Foto: Divulgação TP

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (15), Gilson Rodrigues (PT), presidente da Comissão Processante responsável pela denúncia de infração político-administrativa contra o prefeito Zé Antônio, externou suas primeiras impressões sobre a resposta enviada pelo Executivo.

De acordo com o vereador, o relatório recebido foi tecnicamente jurídico. “Lendo esse documento que foi apresentado, logo se vê que não tem humildade. O que chegou aqui foi escrito por um advogado com raiva e isso não é nada bom em um procedimento como esse”, disse Rodrigues. De outro modo, entende que em alguns momentos o Executivo tem toda a razão – mas não exemplificou.

Em outro ponto comentado pelo presidente da CP, a resposta se refere diretamente ao vereador Fabrício Costa (PSB), que protocolou a denúncia contra o gestor. “Ele manda o cara que denunciou, um fiscal do município, aprender a ligar um computador. O que ele quer dizer com isso?”, questionou.

Segundo o vereador, durante o texto, o prefeito também reitera a importância da democracia e de que ele foi eleito pelo voto da maioria. “Entendo essa parte e por isso falei anteriormente na questão do diálogo, mas eu esperava que tivesse vindo uma resposta com mais humildade”, pontuou Rodrigues.

O DENUNCIANTE – Em resposta ao trecho comentado na Tribuna, Fabrício Costa (PSB) utilizou seus cinco minutos restantes após seus registros e proposições para falar sobre o caso.

“Não sei se soa como um deboche ou se é realmente o pensamento que o Executivo tem quando diz que esse vereador deve, se não sabe ligar ou usar um computador, fazer curso para isso. Da mesma forma eu posso dizer, não em caráter de deboche, pelo que se pode ver com a atual situação, que também existem cursos de gestão pública e lamentavelmente não é o que está acontecendo neste momento em nosso município”, enfatizou.

Na oportunidade, o vereador aproveitou para questionar a autoria da resposta enviada e ainda lembrar que, embora Zé Antônio possa não ter escrito o documento, foi o próprio prefeito que assinou – de forma a concordar totalmente com as colocações apresentadas.

O PROCESSO – De acordo com o presidente do Legislativo, Mateus Garcia (PDT), o documento deu entrada na Câmara de Vereadores na tarde desta segunda-feira (14) – cumprindo o prazo estabelecido. Ainda segundo o parlamentar, cada bancada recebeu uma cópia da resposta.

Na sequência, de acordo com o decreto-lei nº 201/1967 e o regimento interno, fica a cargo dos membros da CP – Gilson Rodrigues (PT), Cabo Adão (PSDB) e Wilson Lucas (PDT) – que devem emitir um parecer opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, que neste caso deve ser submetida ao plenário. A Comissão tem agora cinco dias para decidir. Segundo informaram, já está marcada para segunda-feira (21), a partir das 14h, a sessão extraordinária para tratar do caso.

Apesar das tentativas, até o fechamento da edição o jornal não tinha conseguido acesso ao documento.

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