EDUCAÇÃO

Projeto da Unipampa aproxima meninas da área de ciências exatas

Área onde o gê­nero masculino tem maior presença nas Universidades, as Ciências Exatas tentam nos últimos anos mudar essa realidade de desigualdade de gênero. Na cidade de Uruguaiana, o projeto de divulgação Cientistas do Pampa busca aproximar meninas do ensi­no médio das Ciências Exa­tas e da carreira acadêmica. O projeto, desenvolvido em diferentes áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), é administrado pelas profes­soras Pâmela Carpes, Mara Marzari, Daiana Ávila, Eliade Lima, Simone Pin­ton, Carla Spohr e Már­cia Lucchese, dos cursos de Ciências da Natureza, Farmácia e Fisioterapia, do Campus Uruguaiana e Física, do Campus Bagé. O projeto existe em colaboração com o Instituto Estadual de Educação Elisa Ferrari Valls, desde novem­bro de 2017, com alunas do terceiro ano do ensino médio.

Além de convidar as estudantes para conhecer a Universidade, o projeto também busca aproximar as mulheres da área de Ciências Exatas, como destaca a professora do curso de Ciências da Na­tureza, Eliade Lima. “O projeto proporcionou às participantes a oportunida­de de conhecer profissões e carreiras que elas nem imaginavam existir. Tiveram a oportunidade de conhe­cer histórias de mulheres cientistas de sucesso e também puderam vivenciar momentos na Universidade antes mesmo de ingressar. Tiveram que apresentar seus trabalhos na feira de ciências da cidade, além de também apresentar para representantes das insti­tuições financiadoras do projeto”, afirma.

O projeto foi um dos dez selecionados pelo edital Elas na Ciência, onde a proposta do Campus Uruguaiana, de aproximar meninas de ensino médio com as Ciências Exatas, foi a segunda selecionada em um total de 189 pro­jetos inscritos em todo o país. Criado pelo Fundo Elas, Instituto Unibanco e Fundação Carlos Chagas, o edital busca o maior acesso de meninas nas áreas de Ci­ências Exatas e Tecnologia para transformar o cenário de desigualdade de gênero, existente no Brasil. Para a seleção do projeto, em 2018, foram analisadas 42 redações sobre mulheres na ciência, que passaram pelo processo seletivo, das quais 35 foram aprovadas.

Neste ano, o projeto busca acompanhar onde essas meninas estão, se em cursinhos preparatórios para Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou em uni­versidades. De acordo com Eliade, “ao longo do ano de 2018, acompanhamos a evolução das meninas quan­to à sua autoestima e ao em­poderamento adquirido. São resultados impressionantes que estão sendo preparados para publicação. As mudan­ças são mais perceptíveis inclusive nas escolhas da carreira após a participação no projeto”, destacou. Além dessa melhora na autoesti­ma das estudantes, o projeto ainda ampliou o campo de visão na escolha da futura profissão de jovens recém formadas no ensino médio, um dos objetivos alcança­dos pelo projeto.

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