DECISÃO

Suposto abuso de poder político suspende resultado das eleições do Conselho Tutelar de Bagé

A Comissão Eleitoral do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) de Bagé e o Ministério Público (MP) decidiram suspender o resultado das eleições para conselheiro tutelar na cidade. A votação para os mandatos de 2020-2024 ocorreu no domingo (6), e o anúncio de suspensão foi feito na tarde desta terça-feira (8). A decisão conjunta é motivada por denúncias recebidas pela Comissão e a interrupção deve durar até que seja tudo apurado.

Conforme explicou ao TP,  a promotora de Justiça, Marlise Martino Oliveira, da 2ª Promotoria Especializada de Bagé, ocorreram denúncias de possíveis condutas vedadas a candidatos, bem como suposto abuso de poder político, que se confirmados poderão alterar a lista dos eleitos. Marlise explica que depois de notificados, os citados têm o prazo de cinco dias corridos para apresentarem defesa. A comissão solicita que se alguém possuir novas denúncias ou elementos de prova, que encaminhe aos órgãos competentes, quais sejam, Comdica ou MP. A promotora não revelou contra quais candidaturas pesam as denúncias.

A ELEIÇÃO – O pleito em Bagé ocorreu no domingo, assim como em todo Brasil. Ao todo, nove locais receberam urnas eletrônicas. De participação não obrigatória, 6.248 dos 90.611 eleitores aptos a votar compareceram às urnas (6,9%) na Rainha da Fronteira.

Na primeira colocação, com 1.210 votos ficou Suzete Lara, que é irmã do prefeito afastado Divaldo Lara e conselheira há dois mandatos. Em segundo lugar ficou Felipe Dourado (658 votos), seguido de Guto Moreira (575 votos), Cláudio Rodrigues (571 votos) e Cristina Nunes (548 votos). Na suplência ficaram Vera Brião (491 votos), Cleide Rolim (484 votos), Regina Cunha (466 votos), Claudete Brasil (379 votos) e Viviane Gonçalves (310 votos).

Comentários do Facebook