No fim da tarde da última quinta-feira (7), a fiscalização da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam), realizou uma vistoria no aterro sanitário da Metade Sul, em Candiota, que pertence a empresa Meioeste.
Na última semana, devido a reclamações da comunidade em função do cheiro que supostamente estaria sendo exalado pelo aterro e que estava chegando até a cidade, a Prefeitura de Candiota, por intermédio da Secretaria de Meio Ambiente realizou uma visita técnica ao local.
Conforme a engenheira química Aline Marra, que é a chefe da Divisão de Resíduos Sólidos e Áreas Contaminadas da Fepam, a vistoria realizada foi uma fiscalização de rotina que o órgão realiza periodicamente neste tipo de empreendimento para verificação das condições operacionais do empreendimento. Em e-mail respondido ao TP, a engenheira assinala que neste tipo de vistoria são verificadas diversas situações, como as drenagens pluviais, chorume e gás, tamanho da frente de trabalho, avaliação da disposição dos resíduos na célula e compactação dos mesmos, destinação do chorume gerado no aterro, lagoas, verificação das vias de acesso, presença de aves e moscas, dos poços de monitoramento, entre outros itens operacionais.
FISCALIZAÇÃO – Segundo a engenheira, foi verificado que o empreendimento estava operando adequadamente no momento da fiscalização, embora a frente de trabalho se apresentasse grande e se constatou que as drenagens pluviais e de chorume necessitam de manutenção. “O odor era característico da operação da célula, porém ao se distanciar desta não foi perceptível. Será encaminhado ofício ao empreendedor solicitando as adequações verificadas na fiscalização”, afirmou.
O jornal fez contato com o responsável operacional do aterro da Meioeste, Gesiel Silveira. Ele garantiu que as recomendações feitas pela Fepam já estão sendo providenciadas. Ainda, o responsável admitiu que na última semana, devido a um rebaixamento de uma área, o lixo acabou ficando mais exposto que o normal e houve de fato uma exalação de odor maior. “A situação já foi normalizada e o maior cheiro é causado pelo carvão (enxofre), que muitas vezes o pessoal confunde. Também há uma bacia de decantação, o chamado pinicão, que também exala cheiro de esgoto no ar. Mas as pessoas acham que tudo é o aterro”, disse.
Gesiel também fez questão de frisar que a fiscalização da Fepam é frequente e rigorosa ao local, como foi no fim da tarde da última quinta-feira.