Alguns moradores das Vilas Operária e Residencial, de Candiota, alegam ter recebido notificações extrajudiciais, num documento com o timbre da CGT Eletrosul.
Segundo as notificações, que inclusive foram postadas em grupos de WhatsApp, o pedido é para que os notificados desmanchem edificações ou se retirem de áreas supostamente invadidas. O prazo dado é de 15 dias.
Como as localidades vivem a apreensão em relação aos imóveis, que estão sob um processo de possibilidade de leilão, a situação gerou ainda mais insegurança.
DEFENSORIA – Em nota divulgada agora pouco assinada pelo subdefensor público Geral do Estado, Alexandre Brandão; pelo dirigente do Núcleo de Defesa do Consumidor e Tutelas Coletivas da Defensoria Pública do Estado, Rafael Pedro Magagnin; e pela procuradora-geral de Candiota, Nathiane Leivas Vaz, destaca que a situação já está sob análise. “A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul e Procuradoria Jurídica do Município vêm a público informar aos moradores da Vila Residencial e Vila Operária que já obtiveram conhecimento das notificações extrajudiciais que alguns moradores estão recebendo. Assim, serve o presente para tranquilizar os moradores e comunicar que as notificações já estão sendo analisadas pela Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Por fim, reforçamos a importância e necessidade de que todos os moradores compareçam na sede da Procuradoria-Geral do Município até o dia 15.08.2021 para entrega da documentação que comprove a posse”, assinala a nota.
CGT ELETROSUL – O TP entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da CGT Eletrosul, no sentido de buscar mais esclarecimentos sobre as notificações, inclusive para confirmar que foi a própria estatal quem expediu, pois o documento que o jornal teve acesso tem a assinatura apenas de um funcionário.
Até a publicação desta reportagem, ainda não havia uma resposta, pois a situação demanda uma apuração interna. “Recebemos a solicitação e encaminhamos à área técnica responsável. Enviaremos o posicionamento da empresa o mais breve possível”, respondeu a Assessoria ao jornal.