Já são 38 anos ininterruptos de Feovelha nas dependências do Parque Charrua, localizado a cerca de 3km do centro da cidade, pela ERS-608. Neste ano, de acordo com o Sindicato Rural de Pinheiro Machado, foi necessária uma verdadeira força-tarefa e muitos investimentos para que o local pudesse receber o evento mais tradicional do município e um dos mais conhecidos do Estado e do país entre as feiras de ovinos.
Segundo o presidente Heber Farias, o Tripó, toda a extensão da rural foi vistoriada e a diretoria elencou as prioridades para os dias 27 a 30 de janeiro – tanto para receber os animais, quanto expositores. “A manutenção tem sido permanente: estrutural, elétrica e de limpeza. As mangueiras estão sendo pintadas, arrumadas e algumas até refeitas, assim como os aramados; o Galpão da Indústria e Comércio já conta com toda sua parte elétrica refeita, portões arrumados e outras manutenções externas que eram necessárias; o Galpão de Ovinos, que abriga os animais, também recebeu melhorias no telhado; já nos restaurantes, foram refeitas as tubulações das cozinhas”, citou.
Para a reportagem, Tripó destacou a presença dos soldados do 25º Grupo de Artilharia de Campanha do Exército, que executaram a pintura das mangueiras e têm sido parceiros da entidade. “Já nessa questão da limpeza, contratamos a competente equipe da Associação Pinheirense de Trabalhadores com Recicláveis, que estão há dias trabalhando no local e, ainda no pacote de melhorias, também investimos na adequação de todo o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) – tanto o provisório para os quatro dias de Feovelha, quanto o permanente para poder sediar outros remates durante o ano, seguindo as orientações técnicas e primando pela segurança das pessoas”, disse.
EXPECTATIVA – Em relação ao atual cenário da ovinocultura, a expectativa para a 38ª Feovelha é positiva. “Se espera a permanência dos bons negócios já vistos nas feiras de verão, com muita procura por ventres. Isso nos mostra que há essa busca por animais de genética diferenciada, coisa que se confirmou também na Agrovinos, em Bagé, no final de semana passado, e em outros remates de produção”, avaliou o presidente.
Em conversa exclusiva com o TP, o produtor rural lembrou que, apesar da ovinocultura estar sofrendo com a crise econômica no âmbito mundial e o mercado da lã estar sendo bastante afetado, o setor continua otimista. “Embora o mercado da lã esteja se movimentando lentamente, há uma reorganização da cadeia para abertura de mercados com melhor remuneração. Além disso, temos o mercado da carne que também está se adaptando à realidade econômica atual diante da pandemia. Também preciso destacar que os acumulados de chuvas dos últimos dias nos deixam otimistas pela melhora das condições do campo e temos certeza que a Feovelha será mais uma vez palco para grandes negócios”, disse Heber Farias.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso