INFRAESTRUTURA

Vereadores de Candiota debatem investimentos públicos na zona rural

Vereadores e vereadora de situação e oposição falaram sobre o assunto Foto: Divulgação TP

A última sessão do Legislativo candiotense foi de debate e reivindicações sobre investimentos públicos na zona rural. Além de infraestrutura, a não realização da Festa do Colono foi questionada, primeiramente pelo vereador Danilo Gonçalves (PT), em sua fala nas explicações pessoais. Posteriormente, vereadora e vereadores de situação e oposição usaram seus espaços como líderes de bancada para tratarem sobre o assunto.

Em sua fala e levantando o assunto, a vereadora Luana Vais (PT) relembrou quando foi realizado um seminário sobre segurança alimentar, quando o presidente estadual do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) esteve na Câmara para falar sobre o tema e também destacar a importância da criação do mesmo no município de Candiota. “Fizemos isso no sentido de provocar o município a criar o Conselho, e inclusive o prefeito esteve aqui nesta tribuna e se comprometeu de na mesma semana encaminhar esse projeto para a Câmara, e estamos esperando até hoje”, disse ela, lamentando a maneira como o povo do campo está sendo visto durante a atual gestão governada pelo prefeito Luiz Carlos Folador.

Ainda, Luana afirmou que o único projeto que passou na Casa beneficiando a agricultura, foi o de 3 horas máquinas, que segundo ela, não resolve o problema de ninguém se não tiver um programa estruturante. “Tínhamos programas importantes no nosso município como a piscicultura e os parreirais, e todas essas são políticas que estão abandonadas. A gente não vê o município fazendo, a Festa do Colono é só um detalhe onde as pessoas vão confraternizar”, reforçou, ressaltando que Candiota tem mais de R$ 100 milhões de arrecadação e por isso é necessário fazer esta reflexão. “Quando se fala em estradas dizemos que choveu muito agora, mas não choveu durante três anos e meio e só estamos vendo estrada agora, porque se aproxima o período eleitoral”, concluiu, contando que isso não é apenas ela que está dizendo, e sim as pessoas e funcionários que trabalham nas estradas rurais. “Independente do período eleitoral nós temos que valorizar quem contribui com a arrecadação do nosso município, e hoje o interior contribui muito, assim como a cidade”.

Em forma de esclarecimento o vereador de situação Claudivan Brusque (PSDB), informou que quando esteve frente à Secretaria de Agropecuária, cerca de 700 açudes receberam limpeza e muitos foram recuperados. “Muitas entradas para refrigeradores foram feitas para os produtores, quando os caminhões não tinham como chegar. A gente não consegue fazer tudo ao mesmo tempo, e a burocracia atrapalha bastante. A gente não gosta de estar fazendo mídia, mas a gente faz o trabalho que como dizem, é a obrigação de quem está frente as secretarias e quem foi eleito vereador”, falou, mencionando que o município precisa estar bem e é para isso a sua luta. “Mas vir aqui na tribuna e dizer que nada foi feito, me desculpa, nós podemos dizer que a senhora pode ir fiscalizar. Mas não vamos faltar com a verdade”, concluiu.

Também em posição de situação, Fabrício Moraes (MDB), também pediu o uso da palavra para responder os assuntos citados pela vereadora. Ele começou dizendo que acredita que todos os governos que passam, deixam sua contribuição. Ainda, o vereador enfatizou que não pode concordar com a colega em relação que nada foi feito pelos moradores do campo. “De repente não fizemos tudo o que gostaríamos, mas há poucos minutos falamos de uma obra que foi entregue na área da saúde”, pontuou, relembrando que o Rio Grande do Sul passou por muita chuva e que Candiota também foi atingida e o estado de emergência foi decretado. Além disso, ele também citou os feitos da gestão na zona rural, como açudes, compra de silagem para os animais no período da seca, passagem subsidiada que segundo ele, há muito tempo não havia transporte para o interior, Escola da Santa Fé, entre outros.

“Agora falar que não fizemos nada para o povo do campo, é ruim. É lógico que queremos festa, mas vai entender. Já cansei de ouvir nessa tribuna que só querem festa, e agora estão reivindicando a Festa do Coloco. Claro que é importante, mas nós investirmos R$ 100 mil em uma festa, nós queremos estrada, açude, saúde. Nós queremos além de tudo, educação. Quando não faz festa é criticado, quando faz também.  Não da para entender. Acho que aqui é o lugar dos debates, mas ser injusto como está sendo, também não podemos concordar e nos calar”, finalizou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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