Candiota realizou, no sábado 24, uma mobilização de vacinação da gripe Foto: Divulgação
O TP também buscou informações acerca da situação de atendimentos a pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na região da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que abrange os municípios de cobertura impressa do jornal de Candiota e Hulha Negra, além da cidade mãe Bagé.
Dados recebidos nesta quarta-feira (29) pela 7ª CRS indicavam que em 2025, na área estavam contabilizadas até o momento 39 hospitalizações por SRAG, sendo três em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e três óbitos haviam sido registrados. Ainda, 8 por Influenza, 16 por Covid-19 e duas por vírus sincicial respiratório (VSR) que é uma das maiores causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas, sobretudo bebês.
Em Bagé, foram 13 por SRAG e em Candiota um caso e um óbito. Bagé também registrou hospitalizações por Influenza, Covid-19 e VSR. Candiota registrou uma hospitalização por Covid-19 em 2025 e um óbito. Hulha Negra não registrou hospitalizações por nenhum caso.
HULHA NEGRA
A secretária de Saúde Daniele Campana falou sobre as medidas preventivas realizadas no município. “A Secretaria de Saúde está tomando todas as medidas de prevenções cabíveis para o nosso município com medidas preventivas e paliativas. Estamos realizando a campanha de vacinação, busca ativa dos pacientes com síndromes respiratórias, visando a prevenção dos casos”, afirmou a secretária, destacando que está sendo realizado um processo seletivo para contratação de um médico para mais 20 horas.
CANDIOTA
No município, a utilização de máscara é obrigatória para atendimento de pessoas com sintomas gripais no Pronto Atendimento (PA) 24h. Segundo o gerente Administrativo do PA, Deivid Blanck, o último final de semana foi de movimento expressivo, sendo que de 59 pessoas, 50 estavam apresentando sintomas gripais e muitos deles com resultado positivo para Influenza. “Nós havíamos montado um protocolo de atendimento, inclusive com o fornecimento de máscara para as pessoas, mas estamos em estado de alerta e pedimos para que cada um leve a sua própria máscara agora, pois será obrigatório. Além disso, também solicitamos para que não procurem o PA para consultas básicas”, informou ele, destacando que esta medida já está valendo desde a quarta-feira (28).
No PA de Candiota, cartazes foram colados na área externa e interna indicando o uso de máscara Foto: Deivid Blank/Especial
O prefeito Luiz Carlos Folador, já havia realizado um alerta em relação aos cuidados da população quanto a importância da vacinação e o secretário de Saúde, Fabrício Moraes, informou que a Secretaria já garantiu um novo pedido de testes para detectar a Influenza, enfatizando que a compra não está fácil devido a alta procura em todo o Estado. “Estamos pedindo para que a população também faça a sua parte, realizando a imunização e se cuidando ao máximo”, disse ele, mencionando que as Unidades receberam algumas máscaras para fornecer a população durante a procura por atendimento e estando com sintomas.
7ª CRS
O jornal conversou com a médica pneumologista Flavia Marzola que falou sobre a conduta que deve ser adotada para evitar casos de doenças respiratórias. Ela destacou a importância da vacina. “A única prevenção possível para influenza é o uso anual da vacina. É um vírus com mutações, então todo o ano é feita uma nova vacina com os três tipos de vírus influenza que mais circularam no ano anterior, sendo dois subtipos de Influenza A e um subtipo de Influenza B. A vacina ela não evita 100% adoecer, mas ela evita a gravidade e as complicações”.
Quanto às medidas para evitar adoecer, segundo e médica, o fundamental é a etiqueta respiratória. “Manter distância em torno de 1,5 metros se estou sintomático respiratório, lavar as mãos ou passar álcool gel com frequência, sempre que trocar de ambiente ou interagir com outras pessoas, proteger o nariz e a boca com lenço descartável quando espirrar e tossir, e descartar no lixo. Pacientes que estão com coriza, tosse, espirros, é recomendado que use máscara para não contaminar outras pessoas. Quem está assintomático, que não apresenta sintomas, deve saber que a máscara é mais um fator de proteção, mas que sozinha não evita o contágio, pois não adianta eu estar de máscara e não lavar as mãos, pois eu posso tocar nos olhos, nariz e boca e ficar doente”, explicou Flávia, que lembra que o tratamento é preferencialmente com o uso do oseltamivir, que é um medicamento que age inibindo a ação do vírus da gripe, reduzindo a duração dos sintomas e o risco de complicações.
*matéria modificada em relação ao impresso
JÁ FOI NOTÍCIA NO IMPRESSO
