A perda de uma liderança

Apesar dos seguidos ataques, muitos deles pertinentes, mas alguns com intuito de distorção, a política é uma ciência que deve transformar a vida das pessoas para melhor. Na madrugada do último sábado (30), fomos surpreendidos com a tristeza da morte o prefeito de Pedras Altas, Bebeto Perdomo, que fazia dessa ciência a arte de proporcionar mais qualidade de vida ao seu povo.
Num país com tanta divisão e mexido pela radicalização no modo e fazer política, Bebeto era daquelas lideranças políticas que se demora a construir. Ele ainda estava em construção, porém sua capacidade de agregar, de juntar – verbo pouco praticado na política brasileira e mundial nos tempos atuais, fazia dele um desses líderes diferenciados.
A sua ascensão era evidente, mesmo sendo prefeito do menor município da Zona Sul do RS e um dos menores do Estado e do Brasil. Aquele enfarte interrompeu uma trajetória, que já era bonita, mas que projetava alguém que tinha muito a contribuir ainda, especialmente numa região carente em todos os sentidos, inclusive de condutores com as características de Bebeto.
Não a toa, pela precocidade e por aquilo que representava, sua morte está sendo tão sentida. Pedras Altas, que se recente de tragédias, idas e vindas, precisa se resignar mais uma vez, juntar os pedaços dilacerados pelo dor desta perda, seguir em frente e quem sabe se transformar na Gramado dos Pampas como projetava Bebeto.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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