Nada mais tradicional que ao final de cada ano seja feito um balanço dos últimos 12 meses e uma avaliação de tudo que passou. No Tribuna do Pampa não é diferente e, mais uma vez, nesta segunda edição de 2020 trazemos o resultado de um bate-papo com os prefeitos da região de cobertura do jornal impresso: Adriano dos Santos, de Candiota; Renato Machado, de Hulha Negra; Bebeto Perdomo, de Pedras Altas; e Zé Antônio, de Pinheiro Machado.
De um modo geral, os gestores que estão semanalmente tendo suas ações divulgadas nas nossas páginas fizeram um resumo sobre o que conseguiram realizar, o que mais impactou para a população e o que planejam para o ano que está começando.
Durante a conversa, eles lembraram a crise econômica que afeta tanto o Governo do Estado quanto o Federal e que muito disso é sentido diretamente no dia a dia do trabalho dentro das Prefeituras. Apesar de tudo, ressaltaram o trabalho em equipe e as projeções para um ano de 2020 com ainda mais empenho e resultados.
Se nos outros municípios da região de cobertura do TP impresso a situação parece estar confortável e com o passar dos meses as administrações têm conseguido fazer acontecer, em Pinheiro Machado a realidade é um tanto diferente. Atualmente, o município passa pela maior crise econômica dos seus 141 anos de emancipação e é diante disso que o prefeito Zé Antônio faz a sua retrospectiva. “Em síntese, 2019 foi o ano em que nos preocupamos muito em criar legislação para nos adequarmos a esses novos tempos. Era necessário”, disse.
Segundo o gestor, trabalha-se na perspectiva de amenizar o caos financeiro e, consequentemente, conseguir retomar o pagamento integral e em dia de todo o funcionalismo. “Apesar dessas dificuldades todas, o que podemos destacar é que temos conseguido manter um cronograma que não foge dos dias 10, 20 e 30 para os servidores. Eu acredito que isso já é uma boa medida diante de toda essa triste situação que estamos enfrentando”, disse. A categoria está desde 2016 com os salários atrasados.
Para Zé Antônio, o ano de 2019 foi marcado pelo começo dos resultados de uma série de decisões que vêm sendo tomadas na Prefeitura. Entre o que foi possível fazer, a quitação das duas parcelas do 13º salário de todos os servidores e ainda o pagamento da parcela que faltou desse benefício em 2018. Por isso, a expectativa é que a situação melhore gradativamente em 2020. “Desde o primeiro ano de governo identificamos o tanto de defasagem daquelas taxas de serviços prestados e o quanto isso estava contribuindo para a situação de calamidade financeira. Naquele momento os Projetos de Lei (PL) foram rejeitados pelo Legislativo, que só no ano seguinte entendeu que era extremamente necessário fazermos essas readequações e estamos começando a colher tudo isso agora”, lembrou.
Com as melhorias na arrecadação, o prefeito também disse que tem conseguido prestar um serviço com mais qualidade para a comunidade e a tendência é que isso continue acontecendo no ano que está começando. Durante a conversa, ele ainda citou a readequação dos valores da terra nua para o Imposto Territorial Rural (ITR), que devem ter reflexo em seguida; o incentivo para a regularização de terrenos e novos investimentos como o Parque das Acácias com a medida de carência de três anos para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ou no ato da comercialização; e ainda a implantação da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), que garante aos trabalhadores regularizados do município prestar serviços para grandes empresas.