Nesta terça-feira (23), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), confirmou para a reportagem do Tribuna do Pampa que as obras na rodovia da BR-293, localizada no km 151, próximo a ponte do Jaguarão no limite com Hulha Negra, teve início após adiamento em 2023.
De acordo com a mensagem enviada pelo Departamento, a empresa responsável pela obra é a Encopav Engenharia “e o prazo previsto para a conclusão do serviço é de seis meses”. Segundo apurado pelo TP, quem passa pelo desvio construído na lateral da rodovia, já consegue observar que as máquinas estão trabalhando na retirada do solo na parte central do problema, que é considerado material inservível.
O DNIT havia anunciado que a obra deveria ter início no mês de novembro de 2023, e que a licitação já havia sido feita. Porém, no mês de dezembro, o jornal foi informado que a assinatura do contrato com a empresa vencedora ainda não havia sido feito, e que a recuperação da rodovia deveria iniciar ainda em 2023, o que não aconteceu.
Obra começou na última terça-feira (22) Foto: Divulgação TP
RELEMBRE
Asfalto foi cedendo ao longo dos dias e ultrapassou a um metro de altura Foto: Arquivo TP
Em julho de 2022 e até mesmo antes disso, o TP já havia noticiado algumas vezes o alerta de condutores sobre o aparecimento de rachaduras notáveis na pista, mas em todas as ocasiões, o DNIT assinalou que as aberturas não ofereciam risco aos motoristas e ao trânsito naquele trecho, sendo que em todas as situações a Polícia Rodoviária Federal (PRF), sinalizou o local.
Já no dia 24 de setembro de 2023, a PRF precisou anunciar o bloqueio total da pista em razão do pavimento ter cedido após as fortes chuvas. Deste dia em diante, a reportagem do TP vem acompanhando todas as movimentações realizadas no local, principalmente cobrindo todos os desafios e transtornos que moradores e trabalhadores, principalmente de Candiota e Hulha Negra, enfrentaram durante incansáveis 43 dias, prazo que levou do bloqueio total da pista até a conclusão do desvio que foi construído na lateral da rodovia.
Porém, dentro desses 43 dias, o transtorno e o caos viraram rotina para os gestores dos dois municípios, que acompanharam de perto inúmeros veículos, leves e pesados, atolarem nos desvios alternativos pelas estradas de chão, que durante este período, eram a única maneira de se locomover, tanto para o trabalho quanto para a saúde, educação e para o fornecimento de mercadorias para os comércios das duas cidades.
Os hulhanegrenses, por exemplo, viram do dia para a noite aproximadamente 500 caminhões de diversas toneladas transitarem pelas ruas pavimentadas da cidade, quando a média diária de costume não ultrapassa a marca dos seis, contando com os das distribuidoras de mercadorias e também da bacia leiteira. Além disso, o fluxo de veículos leves também teve aumento, contabilizando cerca de mil por dia.
A liberação do desvio foi comemorada por todos, e o fluxo já nos primeiros minutos foi intenso entre todos os tipos de veículos.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
