HISTÓRIA EM PAUTA

Após muita espera, Candiota está mais próxima de ser uma cidade com museu

A princípio, local será construído no térreo do Centro Cultural na Vila Residencial

Encontro foi o primeiro passo para a criação do espaço Foto: Sabrina Monteiro TP

Nesta semana, o primeiro passo para a construção de um museu em Candiota foi dado. O encontro contou com a presença dos historiadores Tailor Lima e João Henrique Duarte, do prefeito Luiz Carlos Folador e do vice Paulinho Brum, além do doutor, museólogo e oceanógrafo, Lauro Barcellos, diretor do Complexo de Museus da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), e sua equipe.

Você que é nosso leitor, deve lembrar que já abordamos por meio de matérias sobre a importância e a falta de um museu na cidade que é berço da República Riograndense. Em 2023 recebemos na sede do jornal, Tailor e João Henrique, o Funga, fundadores, juntamente com outras pessoas, do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota. Na oportunidade, eles falaram sobre a ideia de reativação deste grupo por meio das redes sociais, e a procura por um espaço para a realização de rodas de conversa com a população. Recentemente, a reportagem do TP esteve na casa de Funga que tem um verdadeiro museu particular em sua residência, quando ele reforçou mais uma vez sobre a falta de um espaço para guardar tanta coisa importante como documentos, fotografias e diversos itens que contam a história deste município.

 

PRIMEIRO PASSO PARA O MUSEU

Durante o encontro que aconteceu na terça-feira (20), após visitar o espaço que abriga o Centro Cultural, e que foi a primeira usina da cidade a Candiota I, local pensado para a instalação do museu, o doutor Barcellos confirmou que o município tem possibilidade. Em sua fala, ele disse que o local vai contar a história da cidade e da região, se tornando um ponto turístico e gerando a mobilização da comunidade em torno da energia gerada pelo carvão mineral. “Tudo isso tem valor histórico e um significado muito importante para os jovens da comunidade, que vão conhecer mais um pouco da sua história que tem tanta importância”, disse ele.

Ao ser questionado sobre os próximos passos, ele disse que após o prefeito Folador se mostrar sensível a ideia, a equipe vai começar a criação dos primeiros roteiros para em seguida focarem na parte museográfica do espaço. “O prédio já existe e é lindo, vocês têm aqui coisas lindíssimas como a trilha maravilhosa do Mirante, e os arredores do museu são lindíssimos. Vamos caprichar e fazer o máximo”, garantiu.

No fim da reunião, Tailor disse que achou o encontro promissor e que o museólogo tem uma experiência incalculável, inclusive internacional, afirmando que a visita foi positiva e que deu muita esperança para eles. “Nós já temos uma espécie de roteiro e devemos estabelecer agora o projeto do museu, a temática e o nome. O doutro Barcellos se prontificou em trazer arquitetos para fazer a avaliação do local, de como esse espaço vai ser dividido e usado”, informou, dizendo que Folador e Paulinho ficaram empolgados com a ideia e que acredita no avanço deste processo. “Quem sabe em curto prazo já vamos disponibilizar desse museu”.

Assim como Tailor, Funga também avalia o encontro como positivo e acredita que o assunto foi encaminhado em 80%. “Eu e o Tailor procuramos o doutor Barcellos e explicamos pra ele que o município tem história, local e que só precisava concretizar a questão do museu. Neste encontro, ele nos passou o que era necessário e o que não era. Acho que a primeira reunião foi muito boa e logo vamos ter esse projeto pronto, história é o que não falta”, comentou.

Ao jornal, Paulinho afirmou que Folador deu carta branca para o assunto e que a equipe vai começar a fazer o levantamento sobre os investimentos que precisam ser feitos, os custos mensais e a regularização. “Mas o start e o ponta pé inicial foram dados, e os demais agora virão na sequência, mas tudo indica que de fato vai sim ser inaugurado e existir um museu após esse nosso primeiro encontro”, ressaltou o vice-prefeito, dizendo que também irão estudar a possibilidade de abordar no museu as demais potencialidades do município, como a Batalha do Seival, vitivinicultura, os olivais e os demais tópicos para ser um complemento do lugar. “Então se teve algumas ideias, até mesmo do nome do museu que a principio seria Museu da Energia, relacionado com o que Candiota produz”.

 

PONTOS VISITADOS

 

Segundo Paulinho, o grupo foi recebido na parte da manhã no gabinete do prefeito e logo em seguida foram levados até o Mirante do Básico. No local, fizeram a trilha ecológica até o Centro Cultural, onde conheceram as instalações que poderá abrigar o futuro museu candiotense. Após o almoço oferecido, a equipe foi até a localidade de Seival, passando pela usina Pampa Sul, casarão, antiga estação férrea, ruínas da vinícola Marimon que é considerada a primeira do Brasil e concluíram o passeio na vinícola Batalha.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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