USINA DE CANDIOTA

Audiência com novo ministro de Minas e Energia será reagendada

Deputado Paparico e prefeito Folador foram a Brasília tratar da situação da Fase C

Lideranças se mobilizaram nesta terça e foram a Brasília, mas infelizmente ministro precisou atender um chamado urgente do presidente da República e vai reagendar00 Foto: Divulgação TP

Preocupados com o possível fechamento da Usina de Candiota (Fase C), o presidente da Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico na Região da Campanha, deputado Paparico Bachi (PL) e o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB) estiveram nesta terça-feira (31), em Brasília, quando estava marcada uma audiência com o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida para debater a situação.

Conforme o deputado estadual, infelizmente, o ministro teve que cancelar a audiência pouco antes do horário previsto para atender a um chamado do presidente Jair Bolsonaro – que solicitou uma reunião urgente com Sachsida. De acordo com a assessoria do ministro, a audiência com as autoridades do Rio Grande do Sul será reagendada nos próximos 20 dias, sendo que este processo está aos cuidados do gabinete do deputado federal Onix Lorenzony (PL-RS), que inclusive deverá participar do encontro na nova data.

A Usina de Candiota pode ser desativada no ano de 2024 – quando encerra os seus contratos de comercialização de energia elétrica. O fato preocupa a comunidade de toda região, especialmente, após o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, afirmar em entrevista divulgada pelo Jornal do Comércio (na terça-feira 17 de maio), confirmada e repercutida amplamente pelo TP, que a possibilidade do fechamento não é descartada.

O fato, mobilizou as lideranças ligadas ao setor. Além de Paparico e Folador, os gabinetes dos deputados federais Afonso Hamm (Progressistas) – que é vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão e autor de uma emenda à Medida Provisória 1078/21, prevendo incentivos à indústria do carvão mineral e a prorrogação dos subsídios por mais 15 anos a partir de 2025 para todas as usinas que dependem deste recurso no Sul do Brasil ; Ubiratã Sanderson (PL), Giovane Cherini (PL) e Alceu Moreira (MDB), entre outros, também estão mobilizados.

MOBILIZAÇÃO – De acordo com Paparico, além da importância elétrica que a usina tem para o sistema de geração de energia, o governo federal precisa avaliar o devastador impacto econômico e social que a descontinuidade do complexo pode gerar na região. “De uma forma geral a comunidade de Candiota e toda a região estão ligadas a cadeia produtiva do carvão mineral. Não vamos ficar de braços cruzados vendo a possível derrocada econômica da região acontecer após 2024. Estamos mobilizados e precisamos que o governo federal crie as condições que salvou o complexo Jorge Lacerda, em Santa Catarina”, salientou Paparico Bacchi.

O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, também esteve com Paparico e Folador na capital federal nesta terça. “Estamos aqui para defender o uso da mineração e do carvão mineral como uma fonte de energia segura e barata para o consumidor brasileiro. Essa audiência com o ministro é muito importante para que possamos viabilizar a continuidade das operações da Usina de Candiota até 2050”, destacou Zancan.

O professor, engenheiro eletricista, ex-deputado federal pela Bahia por seis mandatos e liderança atuante do setor de produção de energia, José Carlos Aleluia, também se somou à comitiva gaúcha. “Uma das grandes qualidades da matriz energética do Brasil é a sua diversidade. O carvão e o RS fazem parte dessa diversidade. Precisamos mostrar às nossas autoridades representativas a importância que a geração elétrica-térmica no RS e SC tem para o país, sobretudo, no momento que vivenciamos uma recente crise hídrica”, afirmou Aleluia.

“Estamos motivados e vamos mostrar a importância que a termelétrica de Candiota tem na vida das pessoas da nossa região”, ressaltou o prefeito de Cadiota Luiz Carlos Folador.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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