Avança vacinação contra a influenza na região, mas índices ainda são considerados baixos

Está ocorrendo desde o dia 10 de abril a vacinação contra a gripe no país, com ampliação recomendada pelo Ministério da Saúde (MS) desde esta segunda-feira (15), para toda a população brasileira a partir dos seis meses de idade. Aproximadamente 21 milhões de doses da vacina contra a Influenza foram aplicadas, o que representa cerca de 30% do grupo prioritário. Com a ampliação da campanha, o objetivo é expandir a cobertura vacinal contra a gripe antes do inverno, quando as infecções respiratórias tendem a aumentar.

A ampliação atende pedido de estados e municípios, que podem usar as vacinas em estoque e adotar estratégias locais para operacionalizar a imunização, atendendo às realidades de cada região. Mais de 80 milhões de doses da vacina trivalente, produzidas pelo Instituto Butantan, foram distribuídas para todo o país. A meta é vacinar 90% da população.

A campanha de vacinação avança, mas é necessário que mais pessoas se protejam. A imunização é fundamental, porque reduz a carga da doença, especialmente em pessoas com problemas de saúde e idosos, prevenindo hospitalizações e mortes, além de diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde. Até o fim de abril, ao menos 253 mortes em razão da doença foram confirmadas.

ÍNDICES VACINAIS – No Brasil, segundo dados do Painel do Ministério da Saúde atualizados no início da manhã desta segunda-feira (15), às 7h15, mais de 21,6 milhões de doses da vacina contra a Influenza foram aplicadas, correspondendo a 30,36% de gestantes, idosos, puérperas, profissionais de saúde e professores, e 18,05% de indígenas.

Na região Sul do país, que abrange os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a vacinação atinge cerca de 3,8 milhões de doses, sendo 34,64% de prioritários e 33,34% indígenas.

Já no Rio Grande do Sul, os dados apontam cobertura em mais de 1,5 milhão de doses, sendo 35,56% de prioritários e 37,05% indígenas.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco”, explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.

REGIÃO – Na região de cobertura impressa do Tribuna do Pampa, além da maior cidade Bagé, que contabiliza 35.354 mil doses (58,75%), Candiota foi a que  mais vacinou gestantes, idosos, puérperas, profissionais da saúde e professores, atingindo 2.610 doses (55,83%). Logo após, está Pedras Altas, com 290 doses (47,16%) e Pinheiro Machado com 1.759 (36,85%). No fim da lista como município com menos aplicações está Hulha Negra, com 984 doses (34,72%).

CANDIOTA – Na Capital Nacional do Carvão, o esquema de imunização ocorre de forma diferenciada. Segundo o secretário Fabrício Moraes, no município foram adotados “dias D”. “Estamos divulgando datas específicas nas localidades e com horários diferenciados, das 16h às 20h para que as pessoas que trabalham em horário comercial também possam ir fazer a vacina. Além da gripe, então ocorre as de rotina e da Covid-19”.

Conforme o cronograma, nesta terça (16) a vacinação acontece em Seival, na quinta (18) na sede do município e no dia 26, nos assentamentos.

HULHA NEGRA – No Centro de Atendimento Integrado à Saúde (CAIS – Hospital), a vacinação acontece de segunda a sexta, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30. Quando tem vacinação aos sábados, os horários são divulgados nas redes sociais oficiais da Prefeitura. O secretário de Saúde, Volney Jorge, confirma que a procura pela vacina em Hulha Negra segue baixa, assim como no Estado. O secretário ressalta que a vacina é segura, sendo produzida por vírus mortos e fragmentados, ou seja, não há o risco de causar gripe nas pessoas. “Estamos vacinando na sede e no interior do município. Estamos fazendo nossa parte, porém, é importante que a comunidade nos ajude e nos procure para manter a imunização em dia”, disse o secretário.

PEDRAS ALTAS – Na Cidade do Castelo, conforme o secretário Celso Caetano, as aplicações acontecem de segunda a sexta-feira, na Policlínica Municipal, das 8h às 17h. Ele, porém, afirmou que mesmo com as divulgações, a procura pelas doses está baixa.

PINHEIRO MACHADO – No município, conforme o secretário Diego Moreira, as doses são aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Já na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as vacinas são aplicadas das 13h30 às 16h30 conforme calendário divulgado na semana.

A INFLUENZA E A VACINA – A influenza é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade. Os sintomas podem ser confundidos com os da Covid-19. A vacina usada na campanha é composta por três tipos de cepas do vírus Influenza (A-H1N1, A-H3N2 e B). Para adultos, o esquema é de dose única anual. Crianças abaixo dos 9 anos de idade, se estiverem fazendo a imunização para a gripe pela primeira vez, fazem duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Ela pode ser aplicada na mesma ocasião de outras vacinas, inclusive junto da vacina contra a Covid-19.

– Febre; dor de garganta; tosse; dor no corpo e dor de cabeça.

Podem ainda apresentar: calafrios; mal-estar; cefaleia; mialgia; dor nas juntas; prostração e secreção nasal excessiva.

Adulto – O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade.
Criança – A temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.
Idoso – quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.