O encontro ocorrido na manhã da última sexta-feira (28) – noticiado em primeira mão e com exclusividade aqui no TP, na propriedade rural do ex-vereador Rogério Moura e que reuniu lideranças e dirigentes da situação e da oposição em torno de uma só mesa, movimentou os bastidores da política pinheirense e também as projeções para as eleições municipais que se avizinham.
Na reunião estavam presentes membros do PSB, Progressistas, PT, MDB e PDT. Na oportunidade, quando foi debatido o nome do vereador Ronaldo Madruga (Progressistas) para ser candidato a prefeito, estavam presentes – além do próprio Ronaldo, entre outros, o prefeito Zé Antônio (PDT), o ex-prefeito Felipe da Feira (Progressistas) e os vereadores Fabrício Costa (PSB), Gilson Rodrigues (PT) e Jaime Lucas (MDB).
Na tarde desta terça-feira (1º), o jornal conversou com o pré-candidato a prefeito e ex-prefeito pinheirense (1997-2004), Carlos Ernesto Betiollo (PSDB), sobre essa movimentação, que visa, claramente, a construção de uma chapa para enfrentá-lo em novembro.
À princípio, Betiollo entende como extremamente natural este tipo de conversação e que faz parte da política. “Recebo isso com muita naturalidade. Claro, apenas não sei dizer se essas reuniões terão ao fim concretizadas o que que pretendem. Respeito a reunião, as pessoas que estavam lá – que estão no direito delas de buscarem novos caminhos e alianças. Mas quero dizer que as decisões sobre coligações serão definidas nas convenções partidárias por votação das pessoas que compõem as siglas. Não será a minha ou a vontade de um e outro que prevalecerá”, assinala.
Também, Betiollo disse acreditar muito que a coligação entre PSDB-PDT e MDB será mantida e os candidatos a prefeito e vice sairão desses três partidos. “Um deles não vai indicar e esse terá que ter concessões dos outros dois na composição do futuro governo. Sempre tem movimentos como o ocorrido agora e eles são oriundos de alguns ingredientes que são colocados no andar da carruagem e que não agradam a algumas pessoas. E é natural que elas busquem se movimentar para um lado e outro. Respeito isso, mas acima de tudo respeito as decisões dos partidos. Quero dizer que sigo a minha caminhada como pré-candidato a prefeito, recebendo com tranquilidade qualquer decisão que venha ser tomada pelos partidos que atualmente governam o município”, afirma.
HIPÓTESE – O TP pediu para que Betiollo fizesse um exercício de hipótese, como por exemplo da aliança PSDB-PDT-MDB não se concretizar. Mais uma vez ele disse não acreditar nisso e que trabalha para a sua manutenção. Entretanto aceitou pensar na possibilidade.
Neste sentido disse, que ele aguardará a decisão do seu partido e como um bom soldado, aceitará aquilo que for decidido coletivamente, dizendo que não possui medo da disputa, mesmo que fosse em chapa pura.
Sempre frisando que é convicto que a aliança se manterá, Betiollo afirmou que pode haver a possibilidade do MDB ir para o outro lado, assim como o PDT. Mas pode, conforme ele, outros virem de lá, ou um ir e outro ficar. Ele acha remota essas possibilidades. “Eu sinto nas bases dos partidos aliados hoje que não é bem assim para desmanchar essa coligação. Alguns membros estão tentando uma união ampla contra uma suposta candidatura minha, mas o povo enxerga e repudia uma coligação feita por interesses pessoais ou só para derrubar alguém. Não esquecendo, nesta hipótese (que friso mais uma vez em não acreditar nela), eles terão cinco, seis, sete partidos para se coligar. Por fim, para tranquilizar e responder a pergunta, sou um homem de partido e ele quem vai decidir qual rumo tomar”, ponderou.