Estruturado pelo 9º ano consecutivo, o carro-chefe da Festa do Colono, o café colonial, se apresentará nesta edição 2019 estruturado de forma diferente. A principal mudança é a disposição na festa, visto que vai estar instalado logo na entrada do ginásio municipal, com visibilidade pelos dois portões de acesso.
Novamente a organização do café colonial possui coordenação da Emater, que capacita e auxilia produtores na confecção dos itens. Nesta semana, a reportagem do Tribuna do Pampa conversou com a técnica Maria Thomaz, que relatou alguns pontos sobre o café colonial desta edição. Segundo Maria, dez produtores dos assentamentos Capivara A, abrindo Fronteiras, Conquista da Fronteira, Colônia Salvador Jardim, Trigolândia e Potiguara estão confeccionando os pratos que irão compor a mesa do café colonial. Entre as iguarias estão bolos, cucas, tortas doces e salgadas e os pratos quentes, em maior quantidade nesta edição como polenta frita, linguiça cozida e fritos diversos. “O café é comprado de um grupo e todos os produtos são produzidos no campo. São produtos selecionados e de excelente qualidade. Os pratos quentes estarão em maior quantidade em razão do grande consumo em 2018 e pela necessidade de inovar a cada ano”, explica a técnica.
A PRODUÇÃO – Nesta semana o TP visitou a propriedade da família Zago, na Capivara A. Juntos, Sueli, o esposo Zair e a filha Milena Zago estão produzindo 18 itens que irão integrar o café colonial. Na ocasião, a família estava confeccionado pastel suíço e enquanto colocava a mão na massa, dona Sueli relembrava outras participações na produção do café. Isso porque, a família Zago é pioneira na produção do café colonial, em 2010. Por quatro anos consecutivos, todos os produtos foram confeccionados na propriedade. “Gosto de fazer esse trabalho, lidar com as massas. Quando foi feito o primeiro café, nem sabíamos o que era, que produtos fazer. Foi um grande desafio, tínhamos muito medo e pouco espaço, mas tudo deu certo, um elo foi criado e todos já conheciam a família Zago pela produção do café”, relembra.
Entre os pratos produzidos pela família visitada pelo TP nesta edição, estão os bolos Amor de Morango e Marta Rocha – tradicionais e exclusivos da família, além de quiches de abóbora e carne, de legumes, brócolis, bolos de carne, pão fantasia, tortas frias, empadinhas, pastel suíço, entre outros. Os desafios desta edição, segundo contou Sueli, é a confecção do alfajor e lombo recheado.
Segundo relata a produtora, que é natural de Marcelino Ramos e reside há 19 anos em Hulha Negra, a quinta edição do café já contou com a participação de outros produtores, visto o sucesso do evento já necessitar de uma quantidade maior de produtos. “Percebemos que já não era possível produzir sozinho. Mas nossos produtos seguiram fazendo parte do café e para nós é maravilhoso fazer parte dessa produção”, expõe a produtora, que contou também que a família trabalha com tambo de leite, tem a filha Milena que cursa Agronomia para dar continuidade a produção da família e já está com planos para 2020, para a construção de uma agroindústria de queijo.
O café colonial da 24ª Festa do Colono, que encerra no próximo domingo (11), estará sendo comercializado ao valor de R$ 48 o quilo. Assim como em 2019, a abertura oficial do café está marcado para às 10h de sábado (10) com a presença da corte de Soberanas da festa, composta pelas jovens Vitoria Rampelotto (rainha), Bruna Ribeiro (1ª princesa) e Paula Morgana Wagner (2ª princesa).
O TP também conversou com o prefeito de Hulha Negra, Renato Machado, que falou sobre as expectativas para mais uma edição da maior festa do município. “A festa vem se organizando ano a ano. Esperamos uma festa de grande sucesso, até porque tratamos ela com muita responsabilidade. Contamos com uma equipe de trabalho montada no primeiro ano de governo, que permite ao final da prestação de contas de uma festa, o início dos preparativos para a próxima. É um trabalho bem feito e por isso é sucesso garantido”, destaca o gestor, enfatizando as oportunidades ofertadas durante o período, que podem chegar a 50 contratações temporárias.