Como todos sabem, Candiota se ergueu sobre a égide do pensamento estatal nacional. Aliás, este pensamento tomou uma forma mais robusta e se moldou de vez, durante e após o chamado ‘milagre brasileiro’, na década de 1970, durante a ditadura militar/civil.
E aqui não vai crítica mais contundente alguma. Pensamos nós, que se não fossem as estatais, Candiota não seria o que seria. A ideia de que as empresas do Estado suprem as nossas necessidades básicas – como os mais antigos contam e lembram, houve um tempo que a CEEE cortava as gramas, trocava lâmpadas e no Natal mandava o Papai Noel presentear as crianças -, não existe mais.
Vivemos um novo tempo e ele começou a ser construído em 1991, quando a população massivamente votou pelo SIM no plebiscito sobre a emancipação. Apesar do pensamento paternalista ainda fazer parte do espectro político local, na prática, isso não possui mais funcionalidade. Desconfie de políticos que ainda apregoam esta forma de governar e agir.
O fato de em 15 anos não se fazer atualização imobiliária na cidade, de não se ter hidrômetros para medir a água consumida (mesma que ela ainda não seja de qualidade), da inadimplência sobre tributos locais beirar a casa dos 60% (IPTU, taxas de água, esgoto e lixo), nos indicam que ainda achamos que algum dia, uma superestatal virá nos salvar ou que aqui tudo é permitido à margem da lei. Ledo engano.
Por mais difícil que seja, Candiota virou uma cidade e depende fundamentalmente dos seus cidadãos para se sustentar. Este debate é importante e já está sendo feito pela sociedade, seja nas redes sociais ou em rodas de amigos. Vamos aprofundá-lo!
Caindo na realidade
10:38 - 09/02/2018
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