Candiota é a prioridade regional

Esta semana, depois de muito tempo, passei na região onde cheguei domingo e voltei a Porto Alegre nesta sexta. Alguns dias interessantes de andar aqui e ali, ver alguns amigos de faz tempo e conferir o que há de bom, o que precisa melhorar, o que precisa de atenção e jogando conversa fora, que também é uma maneira de ser feliz.
Na sede do jornal andei me informando e procurei saber como o João André e a Silvana estão observando o que acontece. Procurei também saber de tudo um pouco e do que eu não havia ouvido falar. É preciso ter bons e confiáveis informantes. Depois fui conversar um pouco com um amigo de muitas jornadas que eu não via há mais de 10 anos, Odilo Dal Molin.
Por outro lado, embora não tenha andado muito pela cidade, pude ver o suficiente de Candiota, sede do município. Como sempre, observo Candiota e acho que deveria estar olhando um lugar bem mais bonito que aquele que encontro. Com os problemas atuais, com o fechamento de uma usina, há coisas mais relevantes a resolver que as coisas da beleza, mas sempre saio com a impressão de que Candiota tem um problema sério de autoestima. A cidade poderia ser muito melhor do que é, mas as pessoas acostumaram a conviver com o pouco.
Em Hulha Negra, o governo está começando e muitas coisas estão por vir, embora as coisas objetivas já realizadas ainda não pareçam muito evidentes. Em Hulha Negra falei pouco mais de meia hora com o prefeito Campani. Apesar de divergências políticas que se restringem aos três meses que antecedem eleições, Campani parece entender que eleições ganhamos e perdemos e isso faz parte da vida. Hoje quem está no poder é ele e cabe a cada munícipe entender que ele é que foi o “eleito”. Disse a ele que espero que seja um bom prefeito e que me sentirei muito bem se ele for bom o suficiente para ser reeleito.

“O ‘relógio do fim do mundo’ de Candiota está andando.
Se havia 24h a percorrer,
3h já foram. E andando…”

Na Hulha o prefeito me informou de alguns projetos relevantes que vem por aí. Eu só não fico com inveja porque não sou invejoso, mas os prefeitos da atualidade administram muito mais recursos que eu administrei entre 1993 e 2008. Simplificando eu diria que administrei um município pobre e atualmente o município administrado é rico (comparando com o pobre).
Em Bagé, pude observar alguns poucos investimentos na área comercial na região da Santa Tecla, com destaque para a Havan, recém inaugurada. No mais, é a Bagé velha de guerra e simpática como sempre. Um lugar onde eu ando pela Avenida Sete e até chego a pensar que o tempo não passou. Até que me olho no espelho. Passei com certa nostalgia pelo Colégio Estadual Carlos Kluwe e fui ver o amigo Emílio Mansur, um empresário relevante e um estudioso das coisas da filosofia. Como sempre, jogamos umas partidas de xadrez e surpreendentemente ele venceu uma melhor de cinco.
De tudo, o mais relevante e mais preocupante, é a questão da perda de receita de Candiota com a parada da usina. O ‘relógio do fim do mundo’ de Candiota está andando. Se havia 24h a percorrer, 3h já foram. E andando. Sem uma usina por 24 meses o município ficará inviável, com uma significativa perda de receita. A parada de três meses causará um prejuízo de alguns milhões nos próximos dois anos. Logo, na região, a prioridade 1 é viabilizar a volta a atividade da Usina de Candiota.

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