FRAGILIDADE ELÉTRICA

Candiota vive rotina de apagões

Vela virou artigo de primeira necessidade Foto: Maria Leonora Vivian Lehr/Especial TP

Não bastasse tudo que já se enfrentou desde que a concessão da estatal CEEE foi repassada para a privada Equatorial, as últimas semanas em Candiota, especialmente a sede do município e mais notadamente a Vila Residencial, tem sido de apagões cotidianos e prolongados nessas localidades.

O cenário de desolação, falta de perspectiva e indignação tem tomado conta da cidade. Na última semana, praticamente não houve um só dia em que a energia não tenha sido interrompida, sendo os cortes de longa duração, chegando a mais de 12h sem eletricidade.

Como qualquer um pode imaginar, os prejuízos com uma situação dessas se avolumam, que vão desde perda de aparelhos elétricos, eletrônicos e domésticos, a alimentos estragados por falta de refrigeração e em muitos casos o fechamento de estabelecimentos comerciais. Até mesmo os que possuem gerador amargam prejuízos, pois o custo do combustível para manter os geradores funcionando refletem do custo final do negócio. Além disso, aulas foram suspensas em função das interrupções.

 

APAGÕES

Fios caídos na Vila Residencial Foto: Divulgação TP

O ápice dos apagões foi a partir da quarta-feira (30 de outubro), tendo se estendido pelo final de semana, numa sucessão de horas intermináveis sem energia, especialmente na Vila Residencial.

Sobre as causas, o que se viu de forma aparente, foram cabos de alta tensão arrebentados em duas ocasiões em frente a escola infantil Pingo de Gente, na Residencial, assim como outras situações em frente a escola Jerônimo Mércio Silveira e uma movimentação intensa das viaturas contratadas pela Equatorial na região do antigo refeitório da Usina de Candiota.

Os problemas foram explicados ao TP pelo consultor de Relacionamento da Seccional Campanha da Equatorial, Flávio Lamas (ver matéria em separado nesta edição).

 

INSATISFAÇÃO

O presidente da Associação dos Moradores e Amigos da Vila Residencial (AMAVR), Anderson Teixeira, o Gariba, como não era para menos, tem mostrado, assim como toda a comunidade, muita insatisfação. Ele chamou a atenção no último sábado (2), quando a comunidade ficou mais de 12h sem energia, que um fio arrebentado em frente à escola infantil havia sido consertado há dois dias e rompeu no mesmo lugar, atentando para a qualidade do serviço. “Não adianta passar mel no povo sorteando geladeiras”, disse, lembrando da ação feita pela Equatorial na última semana, quando junto à Assistência Social do município foi feito sorteio de geladeiras para famílias de baixa renda e também troca de lâmpadas.

 

REUNIÃO

Por articulação da direção da AMAVR, acontece na próxima segunda-feira (11), a partir das 18h, no auditório da escola Jerônimo, uma reunião entre os moradores e representantes da Equatorial. “Em conversa hoje (dia 5) à tarde, já ficou encaminhado que a empresa fará um levantamento sobre as podas que devem ser realizadas, assim como os pontos críticos onde é preciso colocar espaçadores para evitar o contato dos fios, dentre outros encaminhamentos práticos. Contamos com a presença da comunidade para fazermos uma boa parceria na tentativa de resolvermos os problemas de forma harmônica”, assinala o convite para a reunião que está sendo feito pela associação.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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