Canto Moleque e Comparsa estão de volta

Um povo sem cultura, não tem memória, não tem passado e por óbvio que não tem futuro. Vivemos tempos difíceis do ponto de vista cultural nos últimos anos. Um tempo de obscurantismo e que até um secretário nacional de Cultura caiu porque imitava uma aparição de Paul Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha nazista.

Um tempo em que o Ministério da Cultura foi extinto e que as leis de incentivo para quem faz cultura foram duramente criticadas, além das políticas públicas para esse setor serem severamente cortadas ou até destruídas e sem qualquer incentivo. Felizmente este tempo de negacionismo, inclusive cultural, ficará apenas como um tempo ruim em nossa história.

Nos últimos dias, nossa região viu florescer novamente duas iniciativas culturais que tem muito a ver com nossa identidade.

Vimos o Canto Moleque da Canção Gaúcha voltar em grande estilo em Candiota, depois de três anos sem uma edição. E mais, com recursos advindos pela primeira vez da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), do governo do Estado.

Também, a Prefeitura de Pinheiro Machado anunciou com muito orgulho e não poderia ser diferente, o retorno para 2024 da Comparsa da Canção Nativa, que teve sua última edição no longínquo 2014. A Comparsa, assim como o Canto Moleque, captará recursos por uma lei de incentivo – esta pelo governo federal, por meio da Lei Rouanet, que foi tão vilipendiada e distorcida nos últimos anos e que agora vai viabilizar com captação permitida de até R$ 273 mil, sendo que R$ 200 mil já estão garantidos junto as Farmácias São João.

Que este tempo de cultura seja alvissareiro e não nos abandone nunca mais. Que possamos contemplar e cultuar livremente nossas raízes e tradições, com incentivos públicos e privados, pois as nossas façanhas hão de servir sempre de modelo à toda Terra.

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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