DIA DO CORAÇÃO

Cardiologista diz que atividades físicas podem ajudar na exclusão de medicamentos e reduzir o risco de infarto e AVC

Doutor Rafael Alcade atende no município de Candiota há quatro anos

Cardiologista informou que infarto e AVC são as principais causas da mortalidade no mundo Foto: Pixabay/Especial TP

Ainda em razão do dia do coração, o médico cardiologista que atua na área desde 2002 e que atende no município de Candiota há quatro anos, Rafael Alcade, deu dicas de como reduzir a chance de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), a importância de praticar atividades físicas e o que pode levar pessoas jovens a ter doenças cardíacas.

No começo de sua fala, o profissional informou que tanto o infarto agudo do miocárdio quanto o AVC, são as principais causas da mortalidade no mundo. Segundo ele, se juntar o AVC, o infarto e o câncer, essas três patologias são as responsáveis por 80% da mortalidade mundial. “O controle dos fatores de risco para evitar, tanto o infarto do miocárdio quanto o AVC, são fundamentais”. Segundo ele, é preciso ter em mente que existem cinco fatores de riscos básicos que é preciso controlar para reduzir a chance de infarto e AVC. “A hipertensão arterial sistêmica, que é de longe a principal comorbidade, o diabetes mellitus, o colesterol alto, que é chamado de dislipidemia, o tabagismo e o histórico familiar, ou seja, algum familiar que tenha tido um infarto ou AVC com idade inferior a 55 anos é considerado um fator de risco. Quanto mais fatores de risco a pessoa tem, maior a chance de ela desenvolver o infarto ou AVC”, reforçou.

Conforme o médico, atualmente, existe múltiplos meios para controlar esses fatores de risco, sendo que a mudança no estilo de vida é o que apresenta melhor resultado no controle da pressão arterial, através da realização de atividade física. “Uma caminhada forçada todos os dias é uma alternativa muito interessante para o controle, porque automaticamente vai fazer a redução de peso e conseguir reduzir os níveis e o número de medicamentos que a pessoa usa, e até mesmo interromper as medicações. Cada paciente tem um perfil e pode ser usado medicamento que vai reduzir adequadamente os níveis de pressão arterial”, explicou.

Segundo ele, outra área que também tem bastante avanço é o controle do diabetes mellitus, pois essa é uma das comorbidades que mais aumenta devido ao estilo de vida, principalmente a alimentação rica em carboidratos e baixa atividade física. Outro fator de risco citado por ele é o tabagismo, pois segundo ele, é um hábito extremamente trombogênico, o que causa um processo inflamatório importante do corpo e deixa o paciente exposto ao maior risco de eventos.

Ao ser questionado sobre o que leva pessoas jovens a terem problemas cardíacos, Alcade respondeu que um dos grandes fatores é o estilo de vida, que atualmente é mais corrido e com mais estresse. Ainda, ele mencionou que outra coisa que também está levando ao aumento de eventos vasculares é o uso indiscriminado de testosterona. “Se vê aí um número cada vez maior de pessoas jovens utilizando testosterona desnecessariamente. Isso causa, sem um acompanhamento adequado, um processo trombótico que vai aumentar as chances de AVC e de infarto”.

Ao finalizar, o doutor Rafael deixou uma mensagem como cardiologista, dizendo que esta é uma dica de política pública de saúde, que é o incentivo a cada vez mais espaços para que as pessoas possam praticar atividades físicas com profissionais capacitados que estejam a disposição da população, para assim, auxiliar na mudança de hábito. “Com certeza vai reduzir o número de medicações tanto para colesterol, tanto para diabetes, tanto para hipertensão, e consequentemente tendo menor chance de ter um infarto ou um AVC. Então acho que a grande mensagem de hoje é a gente praticar atividades físicas. Mas antes, é preciso fazer uma avaliação cardiológica para ver o nível da atividade física que poderá ser realizado”, concluiu.

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